EUA impõem novas restrições a têxteis chineses
Restrições dos EUA a têxteis chineses incluem sutiãs e tecidos
Os Estados Unidos impuseram novas restrições aos têxteis importados da China nesta quinta-feira, horas depois de terem terminado em fracasso as negociações para um acordo entre os dois países sobre a questão.
Segundo a agência Reuters, o Departamento de Comércio americano anunciou em nota que vai continuar as negociações, mas nesse meio tempo estava tomando medidas para conter importações de sutiãs e tecidos com fio sintético feitos na China.
"O anúncio de hoje demonstra o compromisso do governo de equalizar as condições de concorrência para as indústrias americanas, aplicando as regras de nossos acordos comerciais", diz o subsecretário de Comércio dos EUA, Jim Leonard.
A falta de um acordo depois de dois dias de negociações entre representantes dos dois países pode prejudicar a visita do presidente da China, Hu Jintao, aos Estados Unidos na próxima semana.
Rodada
Havia uma expectativa dos dois lados de que Hu e o presidente americano, George W. Bush, pudessem anunciar um acordo durante a visita.
Isso seria um evento positivo na agenda complicada das relações entre China e Estados Unidos, que inclui o grande superávit comercial chinês e a situação de Taiwan.
O chefe da equipe de negociadores americanos, David Spooner, disse em Pequim, nesta quinta-feira, que os Estados Unidos continuavam "otimistas" e que haveria consultas com os chineses nos próximos dias para marcar uma data para nova rodada de negociações.
A agência oficial de notícias da China Xinhua disse simplesmente que as negociações tinham terminado.
Autoridades chinesas e americanas se encontraram quatro vezes desde maio, quando os Estados Unidos impuseram as primeiras restrições à entrada de produtos têxteis da China no seu mercado.