{{channel}}
EUA: Crianças imigrantes alegam abusos em abrigos
Mais de 12 abrigos privados onde crianças imigrantes estão sendo mantidas separadas das famílias foram acusados de violar padrões de atendimento, incluindo abuso contra menores, segundo relatório independente de inspeção. As acusações vão de abusos físico e sexual a violações de normas de segurança e cuidado com as crianças. Segundo o Itamaraty, 49 menores brasileiros se encontram em abrigos espalhados pelo país. A investigação foi revelada peloTexas Tribune e pelo Center for Investigative Reporting (CIR), conhecido por revelar injustiças e abusos, na quarta-feira, 20, no mesmo dia em que o presidente Donald Trump ordenou o fim da questionada política de separar pais e filhos menores de idade que cruzam ilegalmente a fronteira. Mesmo após a assinatura da ordem executiva por Trump como uma forma de acabar com a separação das famílias imigrantes, as crianças que já se encontravam separadas e milhares de outras crianças sem documentos permanecem nos abrigos. As alegações nos relatórios recentes de inspeções de instalações e outras ações judiciais variam de condições insalubres e monitoramento invasivo de correspondências telefônicas a salas sem ar condicionado nos verões quentes do Texas e a dosagem de coquetéis de remédios disfarçados de vitaminas. Após polêmica, Trump encerra separação de famílias na fronteira Em uma instalação, as crianças relatam que estão sendo retidas por injeções forçadas, que os registros médicos mostram que são antipsicóticos e sedativos poderosos. Mais de 70 entidades privadas, em sua maioria grupos religiosos e sem fins lucrativos, foram contratados pelo Escritório de Realocação de Refugiados (ERR), órgão dependente do governo federal, para cuidar das crianças migrantes chegadas aos Estados Unidos sem seus pais, ou separadas deles pelas autoridades migratórias. Desde 2014, ao menos 13 operadores de abrigos enfrentaram graves denúncias, mas somente dois perderam seus contratos com o ERR, indicou o relatório. Pelo menos 49 brasileiros estão entre os menores separados dos pais na fronteira As acusações de violações e práticas ruins existem há mais de 20 anos, mesmo antes de o ERR contratar os abrigos, mas ganhou força no mês passado devido à polêmica das situações das crianças nas instalações. Entre as entidades identificadas está a Southwest Key Programs of Texas, que funciona em Brownsville (Texas), e se define como "uma organização nacional sem fins lucrativos fundada em 1987 para melhorar as vidas das crianças e de suas famílias. A instituição opera no abrigo Casa Padre, onde era um supermercado Walmart. No local estão cerca de 1.500 imigrantes separados de seus pais e orelatório apontou mais de 246 violações em outras instalações da organização. Outra instituição acusada, a International Educational Services, foi uma das duas operadoras de abrigos cujos contratos com o ERR não foram renovados, e é acusada mais de 100 deficiências em nove de suas instalações, incluindo "contato sexual inapropriado entre a equipe e as crianças, punições rígidas e falhas no atendimento médico", segundo o relatório. Em um dos abrigos, um menor disse aos inspetores o que sofreu. "Eles pegam minhas mãos e colocam nas minhas costas para que eu não possa me mexer. Às vezes eles usam canetas para me cutucar nas costelas, às vezes eles seguram meu queixo com as mãos", disse ele em sua declaração. "Eles são maiores do que eu. Às vezes, três ou quatro deles usam força contra mim ao mesmo tempo. A força usada já deixou hematomas nos meus pulsos, nas minhas costelas e no meu ombro. O médico aqui deu me ibuprofeno para a dor ". Com informações da Reuters. Leia ainda Melania Trump faz visita surpresa às instalações para imigrantes na fronteira do Texas