O governo americano aceitou, na noite de quinta-feira, 8, o 'agrément', que é a indicação formal do deputado Eduardo Bolsonaro como embaixador do Brasil nos Estados Unidos. Agora, Eduardo deve passar por sabatina e aprovação do Senado.
Após receber o aval, o presidente Bolsonaro indicou que deve enviar o nome de Eduardo ao Congresso no início da semana que vem. "Pode ser segunda, terça", disse nesta sexta-feira, 9.
No entanto, a nomeação ainda precisa passar pelo Senado Federal. Após sabatina na Comissão de Relações Exteriores há uma votação secreta. Caso o nome seja aprovado na comissão, precisa ser submetido ao plenário e receber aprovação da maioria simples dos presentes, em votação também secreta. Só após a aprovação pelo plenário da Casa é que o presidente da República pode nomear o novo embaixador.
Brasil formaliza pedido para Eduardo Bolsonaro ser embaixador nos EUA
O ministro de Relações Exteriores, Ernesto Araújo, tem uma reunião prevista com Eduardo Bolsonaro ainda nesta sexta em Brasília. Jair Bolsonaro e Donald Trump vêm tratando do assunto publicamente. O chefe de estado brasileiro anunciou sua intenção de indicar o filho quando ele completou 35 anos - condição para assumir o posto. No fim de julho, Trump já tinha elogiado a escolha de Eduardo para a representação diplomática. "Conheço o filho dele [Jair Bolsonaro], e eu considero que o filho dele é extraordinário, um jovem brilhante, incrível, estou muito feliz pela indicação", disse Trump. Na avaliação de Trump, a indicação não configuraria nepotismo. "Não, eu não acho que é nepotismo porque o filho ajudou muito na campanha. O filho dele é extraordinário, ele realmente é", afirmou. O posto de embaixador brasileiro em Washington está vago desde abril, quando Ernesto Araújo decidiu transferir o então embaixador Sergio Amaral para o escritório de representação do Itamaraty em São Paulo. A nomeação de Eduardo Bolsonaro quebraria uma tradição do Itamaraty em selecionar somente diplomatas com longa experiência para a função. Com informações de O Globo. Leia tambémExclusivo: Eduardo Bolsonaro esclarece distorção de fala sobre brasileiros ilegalmente nos EUA
