O estresse é um “alerta” do organismo que prepara o indivíduo para reagir a uma ameaça externa (ex.: susto, fuga, briga etc.). Esta ameaça desencadeia alterações neuro-hormonais, ou seja, o cérebro libera hormônios (cortisol, GH e Norepinephrine) que irão modificar todo o funcionamento do organismo. A reação do estresse deixa de ser normal quando, em algumas situações, torna-se crônica e passa a causar uma série de doenças, agravar outras existentes e até mesmo levar à morte. O estresse pode afetar qualquer pessoa a qualquer momento de sua existência: infância, fase adulta ou em idade mais avançada. É importante destacar que o mecanismo do estresse é individual, ou seja, uma situação que para uma pessoa pode ser corriqueira, pode ser muito desgastante para outra. Isto acontece pelo fato de que cada ser humano tem um jeito de avaliar e resolver os seus problemas. A liberação de vários hormônios pelo cérebro que ocorre na reação de estresse visa preparar o indivíduo para enfrentar um determinado problema. Esta descarga gera uma série de alterações físicas no organismo que são: tensão muscular (os músculos se contraem), o coração bate rapidamente, a respiração é acelerada, a pupila se dilata, os pêlos ficam eriçados, e aumento na transpiração. Quando todas essas reações ocorrem em um momento de “alerta”, não significa que a pessoa esteja doente, mas, sim, que ela está tendo uma reação normal a um fato inesperado. Salientamos que estas reações não ocorrem somente em situações negativas, elas aparecem também em ocasiões boas como uma grata surpresa, recebimento de uma boa notícia etc. O estresse causado por uma situação positiva costuma ser menos prejudicial ao organismo. O estresse possui três fases: alarme, resistência e exaustão. Alarme: Esta fase ocorre no momento exato em que um fato inesperado surge, seja ele de conteúdo positivo ou negativo. Encontramos nesse período as seguintes reações físicas: dor de cabeça, palidez, taquicardia, suor em excesso, pressão alta transitória, dor de estômago, pressão no peito, aperto na mandíbula etc. Adaptação ou Resistência: Se não tivermos a interrupção dos fatores causadores do estresse, entramos na fase de resistência. Nesta fase o estresse deixa de ser uma reação normal do organismo e passa a ser considerado uma doença que precisa ser tratada. As reações físicas ficam mais intensas, a pressão arterial permanece alta, o coração bate em ritmo mais acelerado o tempo todo. O organismo como um todo funciona em ritmo acima do normal. Os sintomas mais comuns desta fase são: irritabilidade, incapacidade de relaxar, isolamento social, impotência, gripes constantes, queda de cabelos, cabelos brancos etc. Exaustão: Nesta fase o organismo tem suas energias bastante desgastadas e surge o risco do aparecimento de doenças graves ou de morte repentina. Dentre as doenças mais comuns neste período temos: depressão, infarto cardíaco, derrame cerebral, gastrite, úlcera, câncer, asma, bronquite, edema pulmonar e reumatismo. Se houver uma mudança no estilo de vida visando eliminar as causas do estresse e mudar a maneira de lidar com os problemas, haverá uma recuperação. Se isto não ocorrer, as conseqüências podem ser fatais a curto ou médio prazos.