Uma auditoria do Departamento de Segurança Interna, divulgada no dia 19, mostrou que o governo americano concedeu, por engano, a cidadania a pelo menos 858 imigrantes que tinham ordens de deportação pendentes. Segundo o inspetor-geral do departamento, John Roth, eles são de países com grandes problemas de segurança nacional e usaram nomes ou datas de nascimento diferentes no processo de cidadania norte-americana.
As autoridades ainda identificaram outras 953 pessoas que conseguiram naturalização mesmo com ordens de deportação, por não constatar se tinham impressões digitais no arquivo ou não.
“Essas discrepâncias não eram percebidas porque não havia impressões digitais em bases de dados dos governos”.
Não foram identificados pelo nome os imigrantes, mas segundo os auditores eles eram todos de “países de interesse especial” – aqueles que apresentam uma preocupação de segurança nacional para os EUA – ou de países vizinhos com altas taxas de fraude na imigração. As nações não foram nomeadas.
Roth recomendou que os casos mais importantes entre os identificados sejam revisados e que seja criado um sistema para avaliar os casos de imigrantes que receberam a cidadania de maneira que as autoridades julgam irregular.
As autoridades envolvidas no assunto concordaram com as recomendações e disseram que estão trabalhando para implementá-las.
Fonte: Associated Press.
