Eu vejo o futuro repetir o passado!

Por Claudio Goldberg

Na mitologia da Roma antiga, Janus era o deus de novos começos.

Por Nilton Serson, advogado com cursos de especialização em negociação e mercado de capitais em Harvard, e ex professor da USP E MACKENZIE em Direito Comercial e Societário

Jano é o deus dos inícios, das decisões e escolhas. Na mitologia da Roma antiga, Janus era o deus de novos começos. Ele estava associado a portas e portões e aos primeiros passos de uma jornada. Na cidade de Roma, um templo conhecido como Ianus geminus foi erguido em honra de Janus e consagrado em 260 AC, após a Batalha de Mylae. Durante os períodos de guerra, os portões foram deixados em aberto e os sacrifícios foram realizados internamente, juntamente com augúrios para prever os resultados das ações militares.

Nilton Serson, fala que Janus é por vezes considerado uma divindade do tempo, responsável pela transição do passado para o presente e dele para o futuro. Na maioria dos retratos, Janus é descrito como tendo duas faces, olhando em direções opostas. Por causa de sua capacidade de ver tanto para trás quanto para frente, Janus está associado a poderes de profecia . Em uma lenda, Saturno concede a ele a capacidade de ver o passado e o futuro. Nos primeiros dias de Roma, o fundador da cidade Rômulo e seus homens sequestraram as mulheres de Sabine, e os homens de Sabine atacaram Roma em retaliação. A filha de uma guarda da cidade traiu seus companheiros romanos e permitiu que os sabinos entrassem na cidade. Quando eles tentaram escalar o Monte Capitolino, Janus fez uma primavera quente irromper, forçando os Sabines a recuar.

Como deus da mudança e da transição, guardião do espaço e do tempo, ele pode ser referência para os períodos de grandes mudanças.

O que aprender com os erros do passado ?

Serson diz que do passado, podemos aprender lições valiosas sobre eventos e decisões que tiveram consequências positivas ou negativas. Estudar a história nos ajuda a entender como as coisas mudaram e evoluíram ao longo do tempo, como a sociedade e as culturas se desenvolveram, e como certos padrões e tendências surgiram e desapareceram. A partir do estudo do passado, podemos aprender com erros cometidos anteriormente e evitar repeti-los, enquanto utilizamos as lições aprendidas para tomar melhores decisões no presente e no futuro.

Serson, menciona que a há muitas coisas que podemos aprender com os erros do passado, incluindo:

Evitar cometer os mesmos erros: Ao estudarmos e compreendermos os erros do passado, podemos evitar cometer os mesmos erros no futuro.

Identificar padrões: Os erros do passado muitas vezes se repetem, e podemos aprender a identificar padrões e sinais de alerta que indicam a possibilidade de erros semelhantes no futuro.

Aprender com as consequências: Os erros do passado podem ter tido consequências graves, e ao estudá-los podemos aprender as lições que essas consequências nos ensinam e evitar repeti-las.

Reforçar a importância da ética e da responsabilidade: Muitos erros do passado foram causados por falta de ética ou responsabilidade, e estudá-los pode nos ajudar a reforçar a importância desses valores em nossas próprias vidas.

Desenvolver a capacidade de adaptação: Às vezes, os erros do passado são resultado de circunstâncias que mudaram, e ao estudá-los podemos aprender a adaptar-nos.

 

O que fazer para cambiar o futuro ?

Quanto ao futuro, embora não possamos prever com certeza o que acontecerá, podemos usar o que sabemos do passado e do presente. Numa reflexão atual, Nilton Serson observa que existe várias coisas que podemos fazer para mudar o nosso futuro, tanto como indivíduos quanto como sociedade. Aqui estão algumas sugestões:

Mudar nossos hábitos de consumo: podemos reduzir nosso impacto no meio ambiente e promover uma economia mais sustentável ao optar por produtos e serviços mais responsáveis, como alimentos orgânicos, produtos reciclados e energias renováveis.

Investir em nossa educação: podemos investir em nossa própria educação e na educação de outros ao nosso redor, a fim de melhorar nossas habilidades e conhecimentos, e promover o aprendizado contínuo como uma ferramenta para a mudança.

Promover a igualdade e justiça social: podemos trabalhar para eliminar as desigualdades e injustiças em nossa sociedade, seja por meio de ações pessoais ou por meio do ativismo e da participação em grupos comunitários.

Ser mais engajado politicamente: podemos votar em eleições e participar de campanhas políticas para promover mudanças significativas em políticas públicas e na forma como o governo toma decisões importantes.

Incentivar a inovação tecnológica responsável: podemos incentivar a inovação tecnológica que seja responsável e benéfica para a sociedade, promovendo a pesquisa e desenvolvimento de tecnologias que possam ajudar a resolver problemas importantes em áreas como saúde, energia, transporte e meio ambiente.

Essas são apenas algumas sugestões, mas existem muitas outras maneiras de promover a mudança em nosso futuro. É importante lembrar que cada um de nós tem o poder de fazer a diferença, e que pequenas mudanças em nossos próprios comportamentos e atitudes podem levar a grandes mudanças no mundo ao nosso redor

 

Você sabia?

Acredita-se que o mês de janeiro seja nomeado para Janus; é uma época de novos começos. E vamos nessa, quem não muda, dança !

 

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