O início das aulas em Palm Beach foi no dia 17, mas muitos alunos quase não chegaram à escola devido a um “fiasco” no sistema de ônibus escolares do condado.
Depois de esperar pelo ônibus para buscar sua filha desde as 7:15am, a carioca Renata Isensee, de Wellington, precisou pegar o carro e levá-la à Everglades Elementary às 9am. “Ela chegou uma hora atrasada para o primeiro dia”, disse a mãe.
No primeiro dia de aula nas escolas públicas do condado, 40% dos ônibus atrasaram – e em alguns casos nem compareceram – para buscar os alunos. Tessa, a filha de Renata, de quase 7 anos, estava entre os milhares de alunos que foram deixados esperando nos pontos de ônibus.
“Nunca tivemos esse problema antes. Os pais começaram a ligar na escola, que não sabia o que dizer, já que o serviço é terceirizado”, relatou Renata, que também tem um filho de 13 anos. “Na volta, foi tudo bem”.
De acordo com o “Palm Beach Post”, em uma escola elementar, nenhum ônibus compareceu para levar os alunos à escola. Ao todo, o condado tem uma frota de 630 ônibus. No segundo dia de aula, aproximadamente 35% dos ônibus atrasaram, e na quarta-feira, houve atraso de 30%. “No segundo dia, eu desisti de esperar, mas um pai disse que o ônibus passou mais tarde”, disse Renata. “Eu estou bem, pois fico esperando junto com a minha filha, mas e no caso da mãe quem tem que ir para o trabalho e não pode esperar com os filhos? É um perigo isso”.
A explicação do condado é que estão faltando 50 motoristas e o distrito não tinha um número
suficiente de substitutos, disseram oficiais. Além disso, um novo software das rotas dos ônibus e mudanças em algumas rotas acabou criando problemas. De acordo com oficiais, o novo programa não havia sido testado propriamente.
O novo superintendente do distrito escolar, Robert Avossa, que assumiu o cargo em junho, chamou a situação de “frustrante” e o distrito informou que está trabalhando para resolver o problema o quanto antes. Em uma coletiva no dia 19, Avossa disse que foi uma tempestade perfeita envolvendo erros, problemas no sistema de computadores e falta de empregados.
“Eles dizem que estão trabalhando para resolver o problema, mas até contratar novos motoristas e treiná-los, deve demorar mais uma ou duas semanas”, estimou Renata.