Brasileiros arrecadam doações para moradores das Bahamas afetados pelo Dorian
Nesta quinta-feira, 5, o número de mortos pelo furacão subiu para 20 nas Bahamas e foi relatada a primeira morte no continente americano - um homem de 85 anos da Carolina do Norte que caiu de uma escada. Uma morte em Porto Rico também foi atribuída a Dorian. Na faixa de previsão, o centro de Dorian continuará a se aproximar da costa da Carolina do Sul hoje e deve passar para a costa da Carolina do Norte entre hoje à noite e sexta-feira, informou o centro de furacões. Tornados e muita chuva já atingem a região.Recorde na categoria
Ao tocar a terra no domingo 1°, nas Bahamas, Dorian igualou o recorde de furacão mais potente do Atlântico, datado de 1935. Com algumas rajadas que atingiram 321 km/h, é o quinto furacão do Atlântico a alcançar a categoria mais alta nos últimos quatro anos. O furacão Irma em 2017 também foi da categoria cinco e causou danos generalizados nas ilhas Leeward, no Caribe e na Flórida, danificando estradas, prédios, aeroportos e portos. A região da Grand Bahama também foi atingida pelo furacão Matthew da categoria cinco em 2016 - muitos moradores ainda não haviam reconstruído completamente suas casas antes da chegada de Dorian.Histórico e trajetória
Dorian é a quarta tempestade nomeada e o segundo furacão da temporada de furacões no Atlântico de 2019. Ele se desenvolveu a partir de uma onda tropical em 24 de agosto no Atlântico central. O sistema foi ganhando força enquanto se movia para as Pequenas Antilhas. No dia 28 de agosto se transformou em furacão e três dias depois já estava com força de categoria 4. Dorian se tranformou no furacão mais forte do Atlântico no mês de agosto desde o furacão Dean em 2007. No dia 1° de setembro, Dorian atingiu a categoria 5, alcançando o seu ponto máximo com ventos sustentados de 185 mph (298 km/h) enquanto tocava terra em Elbow Cay, Bahamas com rajadas alcançando os 354 km/h. Assim, Dorian alcançou a histórica marca de maior rajada já registrada em uma superfície do Hemisfério ocidental, segundo o NHC.Dorian se move em direção ao norte da Flórida, Geórgia e Carolinas
No domingo, 1°, já como uma tempestade de categoria 5, o Dorian afetou as ilhas de Great Abaco e Grand Bahama, no Noroeste das Bahamas, destruindo ou danificando mais de 13 mil casas, segundo a Cruz Vermelha. Durante a noite, foram registrados ventos que chegaram a 320 km/h, os mais fortes já registrados na região. Segundo previsões do NHC, as ondas causadas pela tempestade foram mais altas que muitos prédios da área. Segundo a National Oceanic and Atmospheric Administration (NOAA), a tempestade passou a segunda-feira, 2, praticamente "estacionada" sobre o arquipélago das Bahamas, sendo rebaixado a um furacão de categoria 4, com ventos sustentados de cerca de 230 km/h. Depois, seguiu lentamente se aproximando da costa da Flórida durante a terça-feira, 3. Na incerteza do impacto na costa sudeste dos EUA, mais de um milhão de pessoas foram evacuadas nos estados da Flórida , da Carolina do Sul e da Geórgia. Durante sua passagem pela costa da Flórida, a tempestade fez uma curva para o norte, ficando mais sob as águas do oceano, conforme previsto pelo NHC, o que evitou que o estado fosse atingido diretamente. Em sua trajetória final, Dorian ainda vai permanecer na costa leste dos EUA por pelo menos dois dias, segundo o NHC. Gradualmente, segue em direção ao norte e perderá forças, devendo se dissipar no oceano até o final de semana.Flórida "poupada"
Na última hora, o furacão se inclinou mais para o nordeste, margeando a costa da Flórida, mas sem um impacto direto como nas Bahamas. O estado foi afetado por fortes ventos, alguns pontos de alagamentos e quedas de energia. Contudo, as autoridades afirmaram que até a quarta-feira, 4, não havia relatos de vítimas e grandes danos. Ao todo, quase 70 mil moradores tiveram queda de energia desde a segunda-feira,2, segundo a Florida Power & Light, maior concessionária de energia elétrica do estado. Na região central da FL, pelo menos 6.580 locais ficaram sem energia; no Condado de Palm Beach foram em torno de 2.224 ; 808 no Condado de Broward e 779 no Condado de Miami-Dade. As companhias de energia elétrica mobilizaram 17.000 funcionários para trabalhar no caso de apagões e atuar em emergências. Além disso, mais de 4.000 integrantes da Guarda Nacional foram chamados para as tarefas de socorro no estado. Os clientes da FPL podem verificar o status de energia de sua área através do aplicativo da FPL, on-line em FPL.com/storm, ou ligando para 1-800-4-OUTAGE (468-8243). Veja o trabalho das equipes de resgate nas Bahamas no vídeo do The Weather Channel.