Um dia após os protestos contra o governo, que reuniu aproximadamente 2 milhões de pessoas no dia 15, a presidente Dilma Rousseff participou de uma coletiva de impresa, após sancionar o novo texto do Código de Processo Civil (leia mais na página 27).
Dilma, presa política durante a ditadura militar, disse que “valeu a pena” lutar por liberdade e democracia. “Quando eu vi centenas e milhares de cidadãos se manifestando, não pude deixar de pensar que valeu a pena lutar pela liberdade, valeu a pena lutar pela democracia. Este país está mais forte que nunca”, declarou.
Segundo a presidente, o fortalecimento das instituições democráticas no Brasil torna o país cada vez mais “impermeável ao golpismo e ao retrocesso”. “Um país amparado na separação, independência e harmonia dos poderes, na democracia representativa, na livre manifestação popular nas ruas e nas urnas se torna cada vez mais impermeável ao preconceito, à intolerância, à violência, ao golpismo e ao retrocesso”, afirmou.
Segundo a presidente, “nas democracias, nós respeitamos as urnas, respeitamos as ruas”, afirmou. Ela reiterou que governo sempre irá “dialogar” com as manifestações das ruas e, como dois ministros haviam antecipado, no dia 15, anunciou que pretende enviar ao Congresso medidas de combate à corrupção. “É assim a nação que todos nós queremos fortalecer. (...) Eu tenho certeza de que o que nós queremos é um lugar em que todos possam exercer os seus direitos pacificamente sem ameaça às liberdades civis e políticas”, acrescentou.
Ajuste fiscal
Ela defendeu a necessidade de implantar medidas de ajuste fiscal para recuperar a economia, mas afirmou que o país não tem chance de “quebrar”. “O país não quebra enquanto as coisas ficam mais voláteis como estão lá fora, porque temos uma quantidade expressiva de reservas”, disse. “O Brasil tem todas as condições de sair (da crise) em menos tempo do que em qualquer outra circunstância”. Com informações do “G1”.