Nesta quinta-feira, 16, autoridades palestinas reagiram às declarações do presidente dos EUA, Donald Trump, em encontró, na Casa Branca, com o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu. O norte-americano mostrou uma mudança histórica no posicionamento dos Estados Unidos em relação à política de paz na região.
"Se a administração de Trump rejeitar essa política isso iria destruir as chances de paz [na região] e ameaçar os interesses norte-americanos, sua posição e a sua credibilidade no exterior", disse Hana Ashrawi, um dos membros da Organização para a Libertação da Palestina (OLP) sobre os riscos dos EUA abandonarem a política dos dois Estados - questão-chave nos conflitos entre israelenses e palestinos.
Durante a visita do primeiro-ministro de Israel, os dois líderes conversaram sobre a relação entre os dois países, a situação de crise do Oriente Médio e a nomeação do embaixador norte-americano na nação judaica. Já na coletiva de imprensa, Trump insinuou que a criação de um Estado palestino não precisa ser a única solução para a crise da região. A declaração vem na contramão histórica dos últimos presidentes norte-americanos.
"Estou olhando para as soluções de um Estado e dois Estados, e eu gosto da que as duas partes gostarem. Se Israel e os palestinos estiverem felizes, eu estarei feliz com a qual eles mais gostarem", afirmou o presidente.
Ainda nesta quinta-feira, a Comissão de Relações Exteriores do Senado norte-americano realizará sabatina com o homem indicado por Trump para assumir o cargo de Embaixador dos EUA em Israel, David Friedman, ex-advogado pessoal do presidente que apoia abertamente os assentamentos israelenses em territórios palestinos. A indicação, contudo, não é bem aceita. Cinco ex-embaixadores do país escreveram uma carta na qual diziam que o pretendente não é qualificado para o cargo por suas "posições extremas" e "radicais".
Com informações da Agência Ansa.