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Críticas sobre separação de famílias recaem sobre post de Ivanka Trump com o filho
Com o aumento da controvérsia sobre o tratamento que a administração de Donald Trump tem dado a crianças separadas de seus pais ao atravessar a fronteira, veio à tona na última semana a informação de que o governo federal teria “perdido” a localização de quase 1.500 crianças colocadas sob os cuidados de guardiães. Como resultado disso, quem recebeu uma onda de críticas no fim de semana foi a filha do presidente, Ivanka Trump. A filha mais velha e conselheira do presidente foi atacada nas redes sociais depois que postou no Twitter uma foto dela abraçando seu filho de dois anos, Thedore, ao mesmo tempo em que a notícia de que o governo perdeu a localização de quase 1.500 crianças imigrantes que entraram no país pela fronteira com o México se tornou viral. Usuários do Twitter atacaram, pedindo a Ivanka para considerar: "Como seria o seu domingo se o governo federal arrancasse essa criança de seus braços e o colocasse em um centro de detenção?" Mas na terça-feira, dia 29, Ivanka, de 36 anos, pediu que seus 5.6 milhões de seguidores na rede social ignorassem as provocações. Crianças “perdidas” pelo governo Entre os críticos de Ivanka no fim de semana, estavam o ator Patton Oswalt, Joy-Ann Reid da MSNBC e outros que também estavam reagindo à notícia de que o Departamento de Saúde e Serviços Humanos havia perdido 1.475 crianças desacompanhadas que cruzaram a fronteira. Steven Wagner, um alto funcionário do Departamento de Saúde e Serviços Humanos, divulgou o número para um subcomitê do Senado no mês passado enquanto discutia o estado do Office of Refugee Resettlement (ORR) que supervisiona os cuidados de crianças imigrantes desacompanhadas. Wagner é o secretário assistente em exercício da Administração para Crianças e Famílias, que faz parte do Departamento de Saúde e Serviços Humanos. Em seu depoimento, Wagner disse que nos últimos três meses de 2017, a ORR perdeu a localização de quase 1.500 crianças imigrantes colocadas nas casas de guardiães. Depois de uma estadia em um abrigo da ORR, a maioria das crianças é enviada para viver com guardiães que têm laços estreitos com as crianças. Entre outubro e dezembro de 2017, Wagner disse ao subcomitê que a ORR alcançou 7.635 crianças desacompanhadas para monitorá-las. Mas a ORR "não conseguiu determinar com certeza o paradeiro de 1.475 crianças", disse Wagner. Isso é mais do que 19% das crianças que foram colocadas sob responsabilidade do ORR. Mas Wagner disse que o HHS não é responsável pelas crianças. "Tem sido a interpretação de longa data do HHS da lei que a ORR não é legalmente responsável por crianças depois que eles são liberadas dos cuidados ORR", disse Wagner. Tolerância zero Logo depois do depoimento de Steven Wagner no mês passado, o Procurador Geral Jeff Sessions anunciou a nova política de tolerância zero do governo Trump em relação à imigração ilegal. "Se você contrabandear uma criança, nós processaremos você, e essa criança será separada de você conforme exigido por lei", disse Sessions, aparentemente referindo-se à lei que separaria as crianças de um pai que for condenado e encarcerado. "Não queremos separar as famílias, mas não queremos que as famílias entrem na fronteira ilegalmente". A consequência dessa política de “100%” de condenações é que as crianças serão separadas dos adultos que forem acusados de crime, mesmo que o adulto esteja buscando asilo e se apresente em um ponto de entrada na fronteira. Sob as leis federais, o Immigration and Customs Enforcement transporta os menores desacompanhados e agora também os filhos de adultos detidos, para o ORR dentro de 48 horas depois que eles atravessaram a fronteira. Isso, de acordo com críticos, está acontecendo em um momento em que o governo está “perdendo” a localização de muitas dessas crianças. Com informações do Washington Post, Associated Press e People.