Corinthians tenta chegar ao topo
Há três rodadas o Corinthians luta pela liderança do Campeonato Brasileiro. Na semana com mais chances de finalmente chegar ao topo da tabela - enfrenta o Coritiba às 20h30, e o São Caetano, sábado, ambos no Pacaembu, onde tem 72,2% de aproveitamento e a líder Ponte Preta faz dois jogos fora -, o time está à beira de um ataque de nervos.
Além do importante confronto, o técnico Márcio Bittencourt tem de contornar briga política no clube e muitas ‘dicas’ na escalação. Está indignado com reclamações contra sua defesa (33 gols sofridos) e com possíveis sugestões de Kia Joorabchian na utilização de atletas da MSI, da qual é presidente. "Quem escala o Corinthians sou eu", desabafou Márcio. "Até porque a cabeça que está a prêmio é a minha." E vai além. "Tenho o controle total do grupo. Quando sentir que isso não está mais acontecendo, pego meu boné e vou embora."
O técnico garante que pressões de fora não interferem no trabalho. Citou o descontraído treino para justificar suas palavras. Mas fica difícil evitar o assunto. Só falou nesta terça-feira sobre polêmicas: a saída de Marinho - vai para a reserva - e de quando Carlos Alberto será reintegrado - nesta quarta deve ficar no banco. "São decisões minhas", disse, sem convencer.
E o duelo contra o Coritiba? Foi citado só quando Márcio revelou a escalação. "Vínhamos bem no 4-4-2 e com a volta do Marcelo Mattos (estava suspenso), teríamos de tirar um zagueiro. Optei pelo Marinho", afirmou.
Após o rachão, Márcio comandou cansativo treino de posicionamento da defesa. "A bola não pode passar por vocês" e "aqui não deve haver teatro" foram algumas das orientações, direcionadas a Sebá, Betão, Mascherano, Marcelo Mattos, Coelho e Gustavo Nery. Ao menos neste trabalho, nenhum gol sofrido.