Comunidade judaica brasileira apóia saída israelense de Gaza
Há uma profunda ligação afetiva entre cada judeu --pertença a que nação pertencer-- e o Estado de Israel. Embora não signifique cidadania ou nacionalidade israelense, a condição judia implica uma intensa vinculação emocional e histórica com o Estado judeu.
As vicissitudes por que venha a passar esta ou aquela comunidade judaica, neste ou naquele continente, são sentidas em Israel e afetam sua sociedade; da mesma forma, cada evento da acidentadíssima e ainda curta história daquele país afeta profundamente as comunidades judaicas integrantes de várias nações.
A dedicação permanente à causa da paz, por parte da maioria da sociedade israelense, sempre contou com total acolhida e apoio da comunidade judaica brasileira. Embora haja divergências quanto a opções e políticas em viabilização da paz no Oriente Médio, é unânime a convicção --seja lá ou aqui-- de que o único caminho compatível com o caráter judaico do Estado de Israel é o da paz.
Mais do que alternativa de sobrevivência, a procura incessante da paz, a adesão radical à paz é um valor auto-afirmativo, dos valores fundamentais que a cultura judaica se orgulha de haver legado à humanidade, desde a antigüidade, quando a guerra era chamada santa e divinizada.
Fora de uma adesão permanente à paz não há o respeito pela condição sagrada da vida -- diretiva maior da fé judaica, juntamente com a crença na unicidade de Deus.
A comunidade judaica brasileira acredita que o Estado de Israel esteja --com a retirada israelense de Gaza--, mais uma vez, mostrando ao mundo e ao Oriente Médio um exemplo a ser seguido, em prol da paz. A comunidade judaica do Brasil espera que cada vez mais nações saibam agir como Israel, empenhando-se pela paz ainda quando a sua existência é diariamente questionada por governos de muitas dezenas de países e por grupos não-governamentais empenhados no terror.
Enquanto uma significativa parcela da humanidade prega abertamente o extermínio do único país judeu, Israel mais uma vez se ergue acima do ódio antijudaico --que ainda vive, após vinte séculos-- e avança serenamente no caminho da paz, com o total apoio dos judeus brasileiros.