Como o exercício pode combater a depressão

Por Ivani Manzo

alegria

A depressão é uma enfermidade muito comum na população mundial e o número de pessoas que podem ser acometidas por essa enfermidade, ou mesmo que podem falecer devido a ela é alto. Normalmente, é tratada com antidepressivos apenas ou em conjunto com terapia psicológica. O que poucas pessoas sabem é que a depressão pode também ser tratada com exercícios.

Os estudos mostram que a depressão está mais presente entre as pessoas sedentárias que entre pessoas que praticam exercícios regularmente e, sim, isso pode ser interpretado como sendo uma prevenção. E ainda existem mais evidências, como a que mostra que pessoas fisicamente bem preparadas estão menos propensas a desenvolver depressão. Pode-se imaginar que a depressão poderia estar associada à obesidade, já que muitas pessoas sedentárias desenvolvem a obesidade. Mas não, estudos também revelam que o sedentarismo, mesmo na ausência da obesidade, aumenta a possibilidade de desenvolvimento da depressão.

A terapia com medicamentos tem um efeito inicial mais rápido, porém, após 4 meses, o exercício mostrou fazer o mesmo efeito que a terapia com remédios e o melhor, após 10 meses os sintomas de depressão estavam muito menores em pacientes que estavam fazendo exercícios, quando comparado aos pacientes que tomavam medicamentos.

Não existe ainda uma determinação do tipo de exercício que melhor atua sobre os sintomas da depressão, mas já se sabe que uma frequência maior de exercícios é mais eficiente que menor frequência e maior intensidade. Isso quer dizer que uma vida mais ativa pode ser uma forma de prevenir e tratar a depressão. Pessoas que escolhem se exercitar todos os dias podem tratar e evitar a depressão.

O exercício pode agir na melhora da depressão de várias formas diferentes. Pode ser por uma melhora na convivência social, por melhor aceitação social, por trazer um tempo no qual a pessoa desvia seus pensamentos que agravam a depressão, diminuição da sensação de fadiga crônica que está presente nas pessoas com depressão e nesse caso o exercício melhora o condicionamento físico, pela liberação de substâncias que agem sobre o humor e causam sensação de bem-estar e satisfação, ou tudo isso junto.

O que importa mesmo é que o exercício já é usado como terapia para a depressão e com muitas vantagens. Não tem efeitos colaterais, não danifica o corpo, ao contrário traz muito mais benefícios que a ingestão de medicamentos.

Isso tudo não quer dizer que a presença de um médico possa ser descartada. Isso tudo quer dizer que a medicina pode e deve trabalhar em conjunto com outros profissionais e trazer para os pacientes novas terapias.