Entenda as consequências de abusos físico e emocional sofridos na infância na vida do adulto

Por Por Telma Abrahão

Comportamento

Oque acontece na infância não fica na infância. Prova disso é que quando conversamos com um adulto ou idoso sobre sua infância, inúmeras memorias, positivas ou negativam vem à tona.

E além disso, mesmo que a pessoa não se lembre de muitas cenas de sua infância, pode ter certeza que seu corpo guardou marcas dessa época vivida, através de memorias implícitas registradas pelo seu sistema nervoso.

Uma infância marcada por abusos emocional e físico pode ter consequências duradouras na saúde mental e física dos adultos. As consequências na Saúde Mental podem ser muitas conforme menciono abaixo:

1-Transtornos de ansiedade e depressão: Experiências traumáticas na infância frequentemente levam a transtornos de ansiedade e depressão na vida adulta.

2- Estresse pós-traumático (TEPT): O trauma vivido pode resultar em TEPT, caracterizado por flashbacks, pesadelos e ansiedade severa.

3- Baixa autoestima: O abuso pode levar a sentimentos persistentes de inutilidade ou inadequação.

4- Dificuldades de relacionamento: Adultos que sofreram abuso podem ter dificuldades em estabelecer e manter relações saudáveis.

5- Problemas de confiança: O abuso, especialmente por cuidadores, pode levar a uma desconfiança generalizada nas intenções dos outros.

6- Transtornos alimentares e de imagem corporal: As experiências de abuso podem influenciar negativamente a percepção do próprio corpo e levar a comportamentos alimentares desordenados.

Além dessas consequências na saúde mental citadas acima, ainda existem as consequências, a ciência avançou e demostra que as experiências adversas da infância também podem impactar a saúde física do adulto, causando:

- Doenças crônicas: Há uma associação entre abuso na infância e o desenvolvimento de doenças crônicas na vida adulta, como doenças cardíacas e diabetes tipo 2.

- Problemas de sono: Insônia e outros distúrbios do sono são comuns.

- Dor crônica: Adultos que sofreram abuso podem relatar dores crônicas sem causa física aparente.

- Abuso de substâncias: Tentativas de automedicação para lidar com a dor emocional podem levar ao abuso de álcool, drogas e outras substâncias.

Para evitar que atitudes de abuso traumatizem seus filhos, os pais podem adotar várias estratégias proativas como educar-se sobre formas mais positivas de educar, buscando informações e recursos sobre como criar filhos de maneira emocionalmente saudável e positiva.

Também podem aprender a praticar a comunicação não violenta e aprender a se comunicar de formas que respeitem os sentimentos e necessidades das crianças. Gerenciar o próprio estresse, adotando práticas de autocuidado para evitar descontar o estresse da vida adulta nos filhos é fundamental para criar um ambiente familiar acolhedor e seguro.

Outras atitudes como, garantir que a casa seja um espaço onde as crianças se sintam amadas e valorizadas e se você notar sinais de comportamento abusivo em si mesmo ou se estiver lidando com consequências de seu próprio abuso, procure aconselhamento de um profissional especializado ou terapia.

Prevenir o trauma infantil requer um compromisso contínuo com a prática de uma parentalidade Neuroconsciente e amorosa. Ao criar um ambiente de suporte e compreensão, os pais podem ajudar a mitigar os impactos negativos de experiências adversas e promover o bem-estar de longo prazo na vida de seus filhos.