Clérigo paquistanês aceita ser deportado dos EUA
Um clérigo islâmico acusado pelo FBI (polícia federal americana) de ter ligações com Osama Bin Laden concordou em ser deportado dos Estados Unidos para o seu país de origem, o Paquistão.
Shabbir Ahmed, de 39 anos, faz parte de um grupo de cinco homens presos em uma investigação da comunidade paquistanesa na cidade de Lodi, na Califórnia.
Segundo as autoridades, a investigação procurava envolvidos em atividades terroristas, mas nenhum dos cinco foi formalmente acusado.
Ahmed, no entanto, foi acusado de infringir as leis de imigração do país porque o seu visto de permanência havia expirado.
O advogado de Ahmed disse que ele só concordou em deixar os Estados Unidos voluntariamente porque, se permanecesse, poderia ficar preso durante anos até provar a sua inocência.
Segundo a agência de notícias Associated Press, durante a audiência sobre o visto, o juiz Anthony Murry disse que Ahmed era um "perigo para a comunidade".
Embora Ahmed fosse acusado apenas pelas leis de imigração, as autoridades aproveitaram a audiência judicial para levantar acusações mais graves contra ele.
Um agente do FBI testemunhou que Ahmed agiu como um intermediário para o líder da organização Al Qaeda, Osama bin Laden, mas se recusou a dizer se ele era membro de um grupo militante, alegando que essa informação era confidencial.