Cientistas mostram ligação entre danos neurológicos e Alzheimer
Cientistas do Instituto Universitário Flamenco para Biotecnologia conseguiram mostrar pela primeira vez a estreita relação existente entre danos neurológicos e o mal de Alzheimer.
Os pesquisadores descobriram que a proteína precursora amilóide (APP), envolvida no Alzheimer precoce, também estimula o desenvolvimento de vias neurológicas no cérebro --essencial para a recuperação do funcionamento do órgão após ter sofrido danos--, disse o diretor do projeto, Maarten Leyssen.
A APP também é a precursora da proteína beta-amilóide que provoca as placas características que se formam no cérebro das pessoas com mal de Alzheimer.
Por meio de análise com mosquitos, os cientistas descobriram que a quantidade de APP aumentava no caso de danos cerebrais, mais precisamente nas áreas onde se desenvolvem as vias neurológicas.
O simples fato de haver uma maior produção de APP também aumenta o risco da formação de placas no cérebro, o quadro clínico característico do mal de Alzheimer.
"A APP é uma proteína contraditória, já que sua função positiva pode também ter um efeito secundário negativo", afirmou Leyssen.
"Devido a esta função contraditória da APP, os pacientes com danos neurológicos não apenas correm risco de desenvolver o Alzheimer, mas seus cérebros também costumam ter muitas placas que se parecem com as dos pacientes da doença", acrescentou.