A administração Trump reabriu uma instalação de 1.000 leitos em Homestead, sul da Flórida, que já serviu de abrigo para menores que entraram no país ilegalmente e sozinhos, revivendo um momento complexo do atual governo pela nova política que processa cada imigrante que entra ilegalmente pela fronteira e separa as crianças dos pais ou responsáveis.
O motivo da reabertura do complexo federal, a cerca de 56 quilômetros a sudoeste de Miami, se deve ao aumento do número de crianças separadas dos pais na fronteira desde maio – pelo menos 2.000. Entretanto, não está claro se o abrigo irá manter as crianças que entraram no país desacompanhadas ou as que foram separadas de familiares na fronteira, ou ambos os casos.
Um porta-voz do Departamento de Saúde e Serviços Humanos, que supervisiona o abrigo, disse que "Homestead é uma instalação ativa temporária para programas de crianças estrangeiras desacompanhadas", disse o porta-voz Kenneth Wolfe.
O prédio era um antigo centro federal de emprego e possui dormitórios, instalações recreativas e salas de aula.
A instalação fechou no ano passado em meio a um declínio acentuado de travessias ilegais na fronteira sob Trump, mas foi reaberta no início deste ano sem aviso público. Debbie Wasserman Schultz, membro democrata do Congresso de Broward, trouxe à tona a reabertura do local durante um evento na última segunda-feira e o senador da Flórida, Bill Nelson, anunciou que fará uma visita às instalações nesta terça-feira, 19.
Em 2016, ainda sob o governo Obama, uma crise de crianças entrando ilegalmente nos Estados Unidos vindas de países de origem problemática na América Central também colocou o foco nessas instalações, inclusive em Homestead.
Nesta terça-feira, 19, o presidente Trump irá se encontrar com legisladores republicanos para debater sobre dois projetos de lei que irão para votação na quinta-feira, e tentar assim resolver, em parte, a questão imigratória dos menores detidos na fronteira.
Com informações do Miami Herald.
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