CBP testa oito placas do protótipo do muro na fronteira com o México
Oito protótipos de placas do muro foram instalados e estão sendo testados por agentes do U.S. Customs and Border Protection na fronteira de San Diego, na Califórnia, com o México. Eles aguardam o presidente Donald Trump para resolver sobre a questão e qual das placas supre o objetivo de proteger a fronteira.
As oito placas têm 30 pés de altura (pouco mais de 9 metros) e pertencem a oito diferentes empresas. Elas foram implantadas como teste para verificar qual protótipo atende a proposta de proteger melhor a entrada de imigrantes.
O muro foi uma das promessas de campanha de Trump. Muitas pessoas ainda duvidam de que ele conseguirá o feito de construir o muro ao longo de 2.000 milhas de fronteira como planeja devido ao custo e ao embate político. Trump pediu ao Congresso $1 bilhão de dólares para a construção do muro, mas até então nada ficou definido a favor da ideia do presidente.
No entanto, o CBP, que tem responsabilidade pelo muro, diz que só a implantação das placas de modelo já passam uma mensagem. "A atenção que esses protótipos trouxeram a uma audiência mundial nos deu a capacidade de enviar a mensagem de que é possível fazer", disse o chefe da divisão do CBP, Mario Villarreal.
A mensagem, segundo Villarreal, é a de que “as pessoas que queiram vir aos Estados Unidos tenham em mente que estarão vindo para um país maravilhoso, o maior país do mundo, e por isso, recomendamos que escolham métodos legais".
Os oponentes à construção do muro dizem que as enormes placas de concreto enviam uma mensagem muito diferente, de ódio ao mundo. “Nós sabemos que a maioria da população dos Estados Unidos está contra o muro, não há dinheiro para isso, é apenas para mostrar", ressaltou Enrique Morones que comanda o grupo Border Angels desde a década de 1980 e defende os direitos humanos e a reforma da imigração humana.
Por sua vez, funcionários dos EUA dizem que a construção da barreira física já existente entre os EUA e o México na área de San Diego diminuiu o contingente de pessoas que tentam atravessar ilegalmente.
Em 1986, 628 mil pessoas foram pegas e interrogadas tentando fazer a travessia. No ano passado, foram apenas 31 mil.
Com informações do Washington Times.