Catarinense entra em trabalho de parto durante o furacão
Por Gazeta News
Depois da passagem de um furacão cada um tem uma história para contar, seja de pavor ou de Aventura. Mas para o casal catarinense Carol Sartor e Edio Colombo, a história é de emoção e vai marcar a vida deles pra sempre. Deles e da pequena Marina Sartor Colombo, que nasceu literalmente entre trancos e barrancos. “Foi um momento de emoção mas de muita tensão também. Eu ja estava preparada para ter minha filha em casa mesmo”, conta Carol, 26 anos, que reside nos Estados Unidos há 1 ano e meio. Ela estava com 37 semanas e não via a necessecidade de passar o furacão já no hospital. “A gravidez estava normal. Eu não sentia nada. Tinha ido no médico na terça-feira e estava tranquila”, conta. Os médicos haviam advertido todas as grávidas com 38 semanas ou mais de gestação que se encaminhassem para os hospitais, antes do furacão. Carol só tinha 37 semanas. Leia também: Em Miami, mulher deu a luz dentro de casa durante o furacão Irma. Mas Marina não esperou. Provalmente pela mudança na pressão atmosférica, ela começou a dar sinais de quere nascer na madrugada de sábado para domingo. “Eu vi o tampão saindo e comecei a sentir umas dores. Daí foi piorando e na tarde de domingo, às 4h30, as contrações ficaram mais próximas”, revela Carol. “Todo mundo ficou tenso. Tinha umas 25 pessoas na casa, sem energia, mas todos preocupados e tentando ajudar”, lembra o pai Edio. A turma já se preparava para o pior: fazer o parto no escuro, ao modo natural. “A minha minha mãe tinha separado umas luvas e o fio dental para cortar o cordão umbilical, porque os paramédicos haviam dito que não conseguiriam se deslocar até lá já que os ventos estavam muito fortes”, lembra Edio. Logo apos 4 pm os paramédicos foram acionados. Não poderiam se deslocar e avisaram para esperar um pouco. Durante a espera mantiveram contato para ver qual o processo do nascimento. Eles só conseguiram chegar depois das 5h30, quando os ventos reduziram um pouco. Primeiro fizeram um atendimento no segundo andar do townhome, depois desceram com Carol até o carro, ja que lá havia mais equipamentos médicos caso o parto ocorresse, segundo relata o pai. Nesse momento, as contrações já estavam ocorrendo de minuto em minuto. Por volta das 6pm, já mais seguros, os socorristas seguiram para o hospital de West Boca. Mas o trajeto da casa até o hospital demorou 1 hora; trajeto normalmente cumprido em 10 minutos. O carro teve que passar pos vários obstáculos. “Já tinha muitas árvores caídas no chão. Teve uma hora que o carro passou pela calçada. Eles saíram do carro, tentaram remover árvores que bloqueavam a rua; uma delas não deu para remover e eles passaram por cima mesmo”, lembra da aventura o brasileiro.