Câmara aprova continuidade de inquérito de impeachment contra Trump
Os democratas estão analisando se Trump abusou de seu poder retendo quase 400 milhões de dólares de ajuda de segurança à Ucrânia para pressionar um aliado vulnerável dos EUA. O foco é uma conversa telefônica de 25 de julho na qual Trump pediu ao presidente ucraniano, Volodymyr Zelenskiy, que iniciasse uma investigação de corrupção a respeito de Biden e seu filho e uma teoria desacreditada de que a Ucrânia pode ter interferido nas eleições norte-americanas de 2016.Casa Branca se recusa a colaborar com inquérito de impeachment contra Trump
Trump negou qualquer irregularidade, ridicularizou algumas autoridades antigas e atuais dos EUA que depuseram a comitês e rotulou o inquérito como uma caça às bruxas que visa prejudicar suas chances de se reeleger.Depoimentos de diplomatas
Os democratas que comandam a investigação da Câmara dos Deputados convocaram três diplomatas --todos os quais expressaram alarme a respeito das comunicações de Trump com a Ucrânia em depoimentos a portas fechadas-- para que estes detalhem seus temores nesta semana, diante da intensa cobertura midiática. Os colegas republicanos de Trump, que também poderão interrogar as testemunhas, conceberam uma estratégia de defesa segundo a qual argumentarão que ele não fez nada de errado ao pedir ao novo presidente ucraniano para investigar Joe Biden, ex-vice-presidente e um de seus maiores obstáculos à reeleição em 2020. Os dois lados cortejarão um eleitorado intensamente polarizado ao se aprofundarem em uma investigação de seis semanas que eclipsou a presidência Trump com a ameaça de retirá-lo do cargo no momento em que ele faz campanha para um segundo mandato. Já faz duas décadas que os norte-americanos testemunharam um processo de impeachment contra um presidente, e este será o primeiro da era das redes sociais. Os republicanos, que à época controlavam a Câmara, apresentaram acusações de impeachment contra o democrata Bill Clinton devido a um escândalo envolvendo sua relação sexual com uma interna da Casa Branca. O Senado acabou votando pela preservação de Clinton no cargo. Com informações da Reuters. Acompanhe ao vivo a audiência pela transmissão oficial da Câmara.