Brasileiros ficam em estado grave após acidente de barco em Fort Lauderdale

Por Gazeta News

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Os brasileiros André Maynart Neves, de 37 anos, de Pompano Beach, e Juliani Costa, 29, de Boca Raton, ficaram gravemente feridos após o catamarã em que estavam ter sido atingido bruscamente por outro barco, por volta de 10:30pm do sábado, 20, na Intracoastal Waterway, em Fort Lauderdale.

De acordo com informações das autoridades locais, os brasileiros estavam em um catamarã baixo de 22 pés e foram atingidos por trás por uma lancha de 32 pés, cujo piloto era conhecido do brasileiro. O baque foi tão forte que a lancha atravessou o catamarã e acertou em cheio a cabeça dos dois.

Neves e Costa foram levados em estado grave para o Broward Health Medical Center e permanecem ligados a aparelhos. De acordo com uma amiga próxima, Costa teve morte cerebral decretada neste domingo.

Já Neves, segue respirando por aparelhos, mas, segundo Alberto Antunes, amigo próximo de Neves, o primeiro médico que o atendeu, informou a morte cerebral e inclusive queria desligar os aparelhos neste domingo, porém, um segundo médico decidiu aguardar mais 24 horas.

O piloto do outro barco é roomate do brasileiro, o sul-africano Max Irvine, de 36 anos, de Deerfield Beach, e estava dirigindo a lancha acompanhado de Amanda Macke, 34, de Fort Lauderdale, que não tiveram ferimentos graves, segundo as autoridades.

O acidente aconteceu na parte de trás de Bokampers Sports Bar & Grill, 3115 NE 32nd Ave., ao norte de East Oakland Park Boulevard, segundo Timothy Heiser, vice-chefe do Fort Lauderdale Fire-Rescue. Para os investigadores, uma desaceleração do primeiro barco pode ter provocado o acidente. Especialistas em acidentes náuticos continuam a investigar o caso.

Porém, Antunes acredita que a causa mais provável do acidente tenha sido uma “imprudência do piloto da lancha, uma vez que não se pode navegar com mais de 25 milhas por hora, principalmente à noite, e, o modo como ela subiu e atravessou o catamarã, ficando com a parte da frente destruída e destruindo a parte de trás do outro barco, indica uma velocidade além do limite”.

Outro ponto levantado pelo amigo foi o fato de o catamarã só ter se danificado na parte traseira, onde a lancha bateu, o que contraria a informação dada por outros veículos de comunicação de que o brasileiro também estaria em alta velocidade. “Se o André estivesse com uma velocidade superior ao limite, o acidente não teria acontecido da forma como que aconteceu. Ele provavelmente teria batido a frente em algum lugar ou a pancada não teria sido da forma como foi”, destacou.

“Eu conheço o André há anos. Ele mora na Flórida há mais de 20 anos e sempre gostou de barcos, adorava velejar. Sempre foi muito cuidadoso com isso. Não passava do limite de velocidade e mantinha sempre o barco em ordem. Ele trabalhava com revenda de barcos e entendia tudo de barcos, de navegação. As luzes estavam funcionando perfeitamente”, declarou.

Antunes disse ainda que também estava andando de barco horas antes e em contato com o amigo. “Nós estávamos passeando. Ele no barco dele e eu no meu barco. Ele estava com o filho e amigos. Eu voltei e horas depois ele deixou todo mundo em casa e provavelmente saiu de novo. Ele estava inclusive com o filho Logan, de 4 anos e meio, e outras crianças no mesmo barco horas antes”.

Nesta segunda, foi criada uma página no GofundMe em nome do André Neves para ajudar nas despesas hospitalares. Para ajudar, acesse gofundme.com/andre-maynard-neves

Safe Boating Week

O acidente aconteceu justo no dia em que começou a Safe Boating Week, semana de campanha para a segurança desportiva de navegação na Flórida que começou sábado e foi mencionada pelo governador Rick Scott para coincidir com a semana nacional da campanha.

De acordo com a FWC, houve 714 relatos de acidentes de barco ??na Flórida no ano passado, que resultou na morte de 67 pessoas.