Benjamin Ribeiro, hoje com 12 anos, nasceu com malformação na coluna, hidrocefalia e espinha bífida, conta o pai, Marcelo Ribeiro. Desde então, o garoto passa por tratamento para amenizar os sintomas, mas agora, como está entrando na adolescência e crescendo mais rápido, seus órgãos internos estão ficando comprimidos e ele vai precisar passar por pelo menos duas cirurgias.
Internado há mais de três semanas no Nicklaus Children's Hospital, em Miami, Benjamin vai precisar passar ainda este mês por duas cirurgias. A primeira está marcada para acontecer no dia 14 e a segunda no dia 21.
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"Agora, com 12 anos, chegou o momento dele fazer uma cirurgia bem delicada para corrigir alguns órgãos como pulmões, os rins e o fígado, por exemplo, porque estão sendo comprimidos pela coluna. Ele está com dificuldades para respirar e outros problemas de saúde por causa disso", explica o pai. Benjamin está internado há quase quatro semanas e fica 24 horas com o "halo" - um aparelho que liga da cabeça aos pés e tem um colete que serve para esticar os ossos da coluna, para que possam voltar um pouco para a posição normal. O aparelho consiste em um colete, barras de estabilização e um anel de metal envolvendo a cabeça do paciente e fixado ao crânio com múltiplos pinos. "Ele está com o 'halo' há três semanas e tem que ficar pelo menos cinco semanas com o aparelho. Estão tentando esticar a coluna dele um pouco para que fique mais reta e logo depois eles vão colocar uma espécie de vareta de metal na coluna que vai ajudar a fazer com que ela não se contraia tanto novamente", explica o pai. Desde que foi colocado o aparelho, Benjamin já cresceu sete inches (cerca de 17 centímetros)", acrescenta Marcelo.Campanha ajuda mulher e 3 filhos de brasileiro morto em acidente
Mas antes da cirurgia dos pinos na coluna, Benjamin vai precisar passar primeiro pela cirurgia que vai tentar recuperar a posição normal dos órgãos. "Só após a recuperação dessa, ele fará a cirurgia para implante dos metais na coluna", diz o pai. Quanto aos custos da internação, Marcelo explica que fez o seguro de saúde para o filho desde quando ele nasceu e paga taxas menores para consultas e exames, por isso, a campanha é voltada no momento somente para doação de sangue.Doação de sangue
A previsão é que Benjamin fique internado até o final de setembro ou início de outubro, segundo o pai. Como passará pelas cirurgias, o garoto vai precisar de transfusão de sangue. Com isso, o hospital pediu e seus pais estão fazendo uma campanha para o banco de sangue do hospital. "A necessidade por agora seria aumentar o banco de sangue que eles estão pedindo. Pode ser qualquer tipo sanguíneo", explica Marcelo
Veja as regras para doação:
- Precisa ser em qualquer One Blood Center (não pode ser em ônibus de doação);
- Apresentar o formulário com os dados do Benjamin (podem ser pegos e preenchidos direto no local);
- Precisa ser até uma semana antes das cirurgias marcadas para dia 14 e 21 de agosto.
Sugestão de locais:
One Blood Center em Pompano Beach - 926, E. Sample Rd; One Blood Center em Boca Raton, 8903, Glades Rd, Suíte A-12;Escoliose infantil
Os pais de Benjamin aproveitam a campanha do filho para alertar os pais sobre maus hábitos das crianças que podem desencadear problemas na coluna como escoliose, por exemplo, Marcelo "Queremos não somente divulgar a campanha para a doação de sangue, mas além disso informar sobre essa condição dele que acomete outras crianças e também lembrar que mesmo as que não nascem com algum problema na coluna, mas adquire por causa de maus hábitos de postura, pela posição diária ao celular e computador, por exemplo. Tem havido muito caso de criança com escoliose", acrescenta Marcelo. Com outras duas filhas, Melissa com 8 e Mariana com 4 anos, a família mora em Pompano Beach e se reveza com os cuidados com os três filhos.
Mochila pesada, celular e esforço repetitivo
Diferente de doenças como a do Benjamin, a incidência de problemas na coluna como escoliose (deformidade em curva da coluna vertebral para um dos lados, formando um “S” ou um “C”) ,ou cifose ( doença que afeta a coluna da pessoa e a deixa corcunda) entre crianças e adolescentes, principalmente de 10 a 15 anos, podem ser provocadas com o tempo e tem aumentado. Podem ser citadas como causas a postura errada, muito tempo na mesma posição por causa de aparelhos eletrônicos como celulares e tablets, excesso de peso em mochilas, além das dores de crescimento, por exemplo. A Organização Mundial da Saúde (OMS) estima que 70% dos problemas de coluna na fase adulta tem como causa o efeito cumulativo do excesso de peso e esforço repetitivo na infância e adolescência.
