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Brasileira que atua no Florida Task Force conta sobre o resgate após queda da passarela em Miami
A paulista Ana Kaufmann, 37 anos, faz parte da Florida Task Force 2 USAR e responde junto com a equipe a situações de desastres como o furacão em Florida Keys e Puerto Rico no ano passado, por exemplo. Na última quinta-feira, dia 15, logo após a queda da passarela da FIU em Miami, a equipe de Kaufmann foi chamada para verificar, junto com K9 -cães treinados, se havia sobreviventes embaixo dos escombros. "Os primeiros socorros chegaram em 6 minutos no local. Fomos chamados depois e tivemos que aguardar a liberação dos bombeiros para colocar os K9 para procurar. O acidente aconteceu por volta de 01:30pm e às 02:15pm recebemos a chamada e fomos para Miami", conta. “Respondemos a situações de desastres e ontem, autoridades de Miami-Dade entraram em contato com City Miami para nossa equipe procurar por sobreviventes após a queda da passarela. Fomos em seis pessoas mais seis cães para o local. Trabalhamos por algumas horas e no final decidimos que o nosso trabalho com o K9 já tinha terminado”, disse. Ana explica sobre a função dos animais nos trabalhos de resgate. “Usamos os cães K9 juntos na operação . Usamos os K9 para encontrar pessoas vivas e pessoas que poderiam já estar falecidas e o Dexter é um cachorro de busca para vítimas que estão vivas. Além dos animais, usamos câmeras para ajudar na operação”, detalha. Há 17 anos na Flórida e há sete como integrante da equipe do FLTF 2 de City Miami, a brasileira atua em operações com K9 e o Dexter golden retriever. “Ontem fiz busca com meu cachorro Dexter por pessoas que poderiam estar vivas debaixo da ponte. Foi um trabalho difícil, mas treinamos juntos com os cães toda semana e estamos confiantes que ontem, no final da busca, nossos cães fizeram o possível para o resgate das vítimas”, explicou. Junto com a equipe de Ana do Florida Task Force 2, haviam no local cerca de 200 pessoas que faziam parte de Corpo de Bombeiros e equipes de resgate, segundo Ana. Família que trabalha para ajudar vidas O trabalho de ajudar a salvar vidas não é só de Ana. O marido, Kurt kaufmann, que é americano, trabalha como bombeiro da equipe do Miami-Dade Fire Rescue. “Ontem, por acaso, ele não participou da operação de resgate porque estava em enterro de um colega”, disse. “É um trabalho gratificante saber que podemos salvar a vida de alguém e dar esperança para as famílias. O emocional é mais difícil de lidar, sabemos que podemos ver tanta tragédia ao decorrer do percurso, mas junto com o nosso time e com os nossos K9 criamos força para continuar”, ressalta. Ana conta que começou a trabalhar com K9 depois de um “empurrãozinho” do marido. Apesar de atuar como civil, porque geralmente esse trabalho de treinamento é feito por bombeiros, ela conseguiu e hoje atua com seu cão. “Como é bombeiro, meu marido viu pessoas treinando os cachorros e me disse. Entrei em contato com a pessoa que organiza o treinamento e participei por um ano sem ter cachorro. Depois desse prazo, a equipe falou que eu estava preparada. Comecei então a treinar o meu cachorro com 2 meses de idade e hoje ele tem 7 anos”, diz orgulhosa. O casal mora em Júpiter Farms e tem 3 filhos: meninas de 5 e 3 anos e um menino de 16 meses.