
DHS muda diretriz para agilizar deportação de indocumentados nos EUA
"Estava tudo tão calmo lá e geralmente não é assim. Foi tão milagroso que o mesmo agente que me deu a carta de deportação, foi o que me atendeu ontem. Apresentei a passagem, mas ele nem olhou. Então minha advogada conversou com ele e explicou que sobre mim e o trabalho que desempenho aqui junto à comunidade com minha fundação. Além disso, ele também viu as fotos da minha família e o abaixo-assinado com mais de cinco mil assinaturas que amigas fizeram pedindo para que eu não fosse deportada', detalhou. Segundo Gonçalves, sua advogada apresentou o 'stay of removal' (um adiamento temporário, que impede o Departamento de Segurança Interna (DHS) de executar uma ordem de remoção), mas o agente disse que não precisava. Cada detalhe sobre o caso foi citado, inclusive sobre o tempo que o processo imigratório ficou parado. "Ela (a advogada) explicou que os cinco anos que o meu processo ficou parado foi porque o advogado anterior não fez mais nada além dos 'check-ins' e que, em um ano e meio que aceitou o caso, conseguiu reabri-lo. Ela pediu então para dar prosseguimento ao processo com todos os trâmites necessários, como o pedido de perdão, sem que eu precise ir embora para o Brasil", explica.Indocumentada que se negou à deportação recebe multa de US$500 mil
Para Iara Morton, Tatiana foi vítima de representação ineficaz "pois seu processo foi iniciado em 2012 e até 2017, quando ela veio para o nosso escritório, apenas a I130 havia sido aprovada", aponta. Morton explica que o representante anterior havia tentado uma moção de reabertura da ordem de deportação que havia sido negado (quando os tempos eram excelentes e uma petição de reabertura super bem compiladas era sempre reaberta). E acrescenta que outra estratégia usada pelo advogado anterior e que acabou prejudicando Tatiana, "foi ela ter sido colocada em programa de supervisão, ou seja, ter tido 'Stay of Removal', petição para prorrogação da ordem de deportação, impetrado, pois até 2017 os tempos eram fantásticos e tivemos vários processos de perdão (Waiver) aprovados numa média de 1 ano e meio, mesmo quando o cliente tinha ordem de deportação", detalha.
Brasileiro é colocado em processo de deportação depois de mais de 20 anos nos EUA
Conhecida na comunidade brasileira do sul da Flórida, principalmente por atuar como voluntária em projetos de apoio à família e a mulheres que são vítimas de violência doméstica, há mais de um ano a mineira fundou a Family Foundation – onde ajuda mulheres vítimas de abusos e traumas. Além da sua fundação, ela apoia a fundação House of Protection – grupo criado com o intuito de dar ajuda e orientação a famílias. "Depois desse resultado, minha missão continua ainda com mais responsabilidade que é ajudar os imigrantes brasileiros. É o mover de Deus", finalizou.Luta contra a deportação
Atuante na comunidade brasileira do sul da Flórida e liderando projetos de apoio a mulheres vítimas de abusos, ela contou ao Gazeta News toda sua luta contra a deportação. Casada há oito anos com cidadão americano e com três filhos, sendo o mais novo nascido nos EUA, Gonçalves, que é de Minas Gerais e mora em Boca Raton, conta que entrou com o processo há sete anos para regularizar sua situação. Para isso, conforme exigido, enviou o pedido para obter o “perdão” das autoridades americanas por ter entrado ilegalmente pelo México em 2005 e por não ter comparecido ao tribunal logo depois. Leia o relato completo na matéria'Brasileira que atua em projetos de apoio a mulheres no sul da Flórida recebe ordem de deportação'.