O ano, no finalzinho, pinta como sendo de ressurgimento para os brasileiros no UFC. O país já teve metade dos campeões da organização, mas, de repente, parece que “virou moda” ganhar de brasileiro. Até Anderson Silva, que era invencível, perdeu. Renan Barão, considerado por Dana White, presidente do UFC, o melhor lutador “peso por peso” do mundo, também levou a pior. Efeito dominó. Só José Aldo, entre os brasileiros, conseguiu manter o cinturão. Época de vacas magras para o MMA tropical. Existem várias teorias em relação à queda dos campeões brasileiros. A minha é: “não tem mais bobo no MMA”.
Os atletas estrangeiros, principalmente os americanos, “aprenderam a lutar”. Hoje, eles estudam os adversários e se preparam de uma maneira diferente para cada luta. Chris Weidman, por exemplo, estudou Anderson Silva e trabalhou uma estratégia própria para vencê--lo. Conseguiu. Depois, lutou de maneira totalmente diferente contra Lyoto Machida, e também ganhou. Ou seja, são disciplinados. O atleta brasileiro é talentoso. Vai para o octógono e se garante, independentemente de qual seja o adversário. Claro, não é tão irresponsável assim, como eu estou escrevendo, mas tem uma pitada brasileira nisso, como acontece no futebol, por exemplo. Confiança por ter nascido brasileiro, berço dos craques mundiais.
A boa notícia é que esse fim do ano deixou os brasileiros apaixonados por MMA otimistas. Alguns dos atletas mais “gente boas” do UFC conseguiram bons resultados e ensaiam uma recuperação. O melhor resultado foi o do Fabrício Werdum. Ele foi buscar, no México, o título interino dos peso-pesados. Agora espera a recuperação de Cain Velazquez para tentar conquistar o título “de verdade”. Junior dos Santos, o Cigano, também voltou e fez uma ‘lutaça’ contra Miocic. Foi a luta da noite no úlltimo fim de semana e Cigano, apesar do “estrago na lataria”, comemorou a vitória depois de mais de um ano sem lutar.
Agora, Lyoto Machida vem aí. Esse é um dos meus lutadores favoritos. Ele “controla” a luta como ninguém. A luta vai ser no Brasil e também conta com Renan Barão no card. Lyoto, talvez, demore um pouco mais para ter a chance de disputar o título. Perdeu de Weidman faz pouco tempo. Mas Barão, caso vença, certamente vai disputar o cinturão que já foi dele. Com a “cabeça no lugar”, Barão tem grandes chances de voltar a brilhar. E 2015 já começa pegando fogo. Vitor Belford vai vencer Weidman e conquistar o título dos médios do UFC. Como eu sei isso? Chute, mas é um chute potente, certeiro. Como os chutes dos brasileiros no MMA. Avaliações da Semana
Bolão
Jogadores de vôlei do Brasil Não me lembro de ter visto outro esporte com o posicionamento político dos atletas tão agressivo, no bom sentido. Os jogadores entraram em quadra “vestindo” um nariz de palhaço, num protesto contra algumas atitudes da Federação Internacional. É um assunto complicado demais para detalhar em pouco espaço, mas a união dos atletas merece muitos elogios.Bolacha
Lewis Hamilton O piloto, depois de conquistar o título da F-1 em 2014, declarou que imagina correr por mais 7 anos. O que isso muda na nossa vida? Se tivesse declarado a aposentadoria, ok. Mas que vai parar daqui a “muuuiiiiiittttttttoooooooooo” tempo? Não entendi por que tanto destaque para isso.Bolinha
Pontuação do UFC A brasileira Claudia Gadelha foi a prejudicada da vez. Não deu para entender por que deram a vitória para sua adversária. A pontuação, de vez em quando, parece até subjetiva. Tinham que dar um jeito de deixar mais claro as “regras” da pontuação de uma luta.