A taxa de desemprego da América Latina baixou de 10,9%, no mesmo período no ano passado, para 9,6% no primeiro semestre de 2005, segundo relatório divulgado nesta terça-feira pela Organização Internacional do Trabalho (OIT), no Peru.
O Brasil está entre os países mais bem colocados do ranking regional, com taxa de 10,3% (em comparação com 12,3% no mesmo período no ano passado) perdendo apenas para o Chile (com 8,3%) e o México (com 3,9%).
Os salários médios também aumentaram na região, diz o relatório Avanço do Panorama Laboral 2005.
Apesar de a região ter registrado cifras de crescimento econômico mais elevadas dos últimos 25 anos, o desemprego ainda é alto, há grande participação no setor informal e a proteção social ainda é baixa, diz a OIT.
Recuperação
A OIT atribui o quadro à consolidação do processo de recuperação econômica, alentado por um cenário internacional favorável.
"A tarefa que temos pela frente para reduzir os níveis de desemprego é enorme, mas a região está reagindo", disse Juan Somavia, secretário-geral da OIT.
"Cada vez mais governos, organizações de empregadores e trabalhadores reconhecem que o emprego e a criação de trabalho decente são um dos principais problemas políticos de nosso tempo. Os países assumiram o desafio e os resultados já começam a ser visto", disse Somavia.
Segundo a OIT, o desemprego na região continua afetando mais mulheres e jovens. A taxa de desemprego feminina é 40% maior do que a masculina e, apesar da queda regional, a taxa de desocupação entre os jovens continua sendo o dobro da média.
A OIT disse que o desemprego diminuiu em sete dos nove países analisados da região, que representam 95% do PIB regional e 89% da população economicamente ativa.