O ministro Ernesto Araújo, das Relações Exteriores, confirmou nesta sexta-feira, 26, que o governo brasileiro formalizou o primeiro passo para a indicação do deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), filho do presidente Jair Bolsonaro (PSL), como embaixador brasileiro nos Estados Unidos.
O cargo está vago desde o início de abril, quando o chanceler Ernesto Araújo removeu o diplomata Sérgio Amaral do cargo. Segundo Araújo, o "Agrément" - uma consulta que se faz ao país onde o embaixador será nomeado -já foi entregue ao governo americano.
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No fim do mês passado, Eduardo acompanhou o pai em um encontro privado com o presidente Donald Trump na Casa Branca, função normalmente desempenhada pelo chanceler brasileiro. "Tenho a grande certeza de que será concedido o agrément pelo governo americano e que Eduardo Bolsonaro será um extraordinário embaixador", elogiou Araújo em entrevista à imprensa após participar de encontro com chanceleres dos Brics, grupo de países emergentes que incluem Brasil, Rússia, China, Índia e África do Sul, no Palácio do Itamaraty do Rio de Janeiro. Depois dessa etapa, a indicação de Eduardo Bolsonaro será submetida ao Senado, onde ele será sabatinado. A aprovação precisa ocorrer primeiramente na Comissão de Relações Exteriores da Casa, que decide sobre sua condução em votação secreta. Caso passe por essa etapa, o nome de Eduardo irá ao plenário para uma decisão final dos senadores também em votação secreta --é necessária maioria simples para a aprovação.Exclusiva: Eduardo Bolsonaro fala sobre aproximação com os EUA
Bolsonaro falou pela primeira vez sobre a possibilidade de indicar o filho para a embaixada brasileira em Washington dias depois de ele completar 35 anos --idade mínima para assumir o cargo. Nesta sexta-feira, ele confirmou o envio oficial do pedido. A possibilidade de nepotismo na nomeação de Eduardo para a embaixada fez com que Jair Bolsonaro comentasse o assunto em uma transmissão ao vivo nas redes sociais. Bolsonaro disse que, "se puder dar um filé mignon para o meu filho, eu dou", em referência à nomeação. Depois argumentou que a escolha visa melhorar a relação com o governo Trump. Com informações da Agência Brasil.
