Barragem da Vale se rompe na região metropolitana de Belo Horizonte (MG)
Um ônibus foi encontrado pelo Corpo de Bombeiros na região próxima à barragem rompida da Vale. Todos os que estavam no coletivo eram funcionários da empresa e morreram, segundo o tenente Pedro Aihara, porta-voz dos bombeiros. “Como é um local de difícil acesso e precisamos de um maquinário especial para acessar essa estrutura e retirar essas vítimas, ainda não fechamos o número de óbitos. Mas esse número de óbitos irá aumentar”, destacou ele. Até o momento, há confirmação de 10 mortos. O governo do estado decretou lutou de 3 dias. Permanecem desaparecidas 299 pessoas e 9 vítimas fatais foram retiradas dos rejeitos, de acordo com o comunicado. São 86 famílias cadastradas em zonas de alto salvamento (treinamento em ponto alto para serem socorridas). Destas 86 famílias, duas foram contatadas e resgatadas. As outras famílias permanecem aguardando, devido à ausência de energia elétrica, sinal de telefonia e internet. A Vale divulgou em seu site uma lista com 413 nomes de funcionários com as quais ainda não foi conseguido contato. Até então, 189 pessoas foram resgatadas com vida, a maioria estava ilhada. Vinte e três pessoas foram internadas em serviços de saúde de Belo Horizonte e de Brumadinho, sendo que duas delas já receberam alta. O rompimento ocorreu no início da tarde de sexta-feira (25), na Mina Feijão. A Vale informou que uma barragem rompeu e fez outra transbordar. Um mar de lama destruiu casas da região. Rejeitos atingiram a área administrativa da companhia e parte da comunidade de Vila Ferteco. O acesso a Brumadinho pela rodovia BR-040 está bloqueado.Risco era iminente e conhecido
O superintendente do Ibama em Minas diz que já havia alertado, em dezembro do ano passado, que barragens de rejeitos em Brumadinho, entre elas a da Vale que se rompeu na sexta-feira, "não ofereciam risco zero". O aviso de Grillo foi feito durante reunião extraordinária da Câmara de Atividades Minerárias. A discussão acabou com a aprovação, de forma acelerada, da licença para a continuidade das Operações da Mina da Jangada e das operações da Mina de Córrego do Feijão, cujo rompimento matou pelo menos nove pessoas e mobilizou uma multidão em busca de pessoas desaparecidas em meio a um mar de lama. O presidente Jair Bolsonaro fez um sobrevoo na manhã deste sábado pela área atingida pela onda de lama da barragem da mina Córrego do Feijão, em Brumadinho, na região metropolitana de Belo Horizonte. Ele também comandou uma reunião com ministros e autoridades mineiras. Com informações do Estado de Minas e G1. Veja o vídeo com cenas da lama que cobriu boa parte da área rural da cidade e depoimento de moradores ao Portal Uai. Crédito: Estado de Minas.