Bailarino carioca de 9 anos tem visto aprovado para curso em Miami
Carla Mendes, mãe de Bernardo, contou como foi a luta desde o início quando Bernardo foi selecionado para o curso. "Em setembro do ano passado, Bernardo conseguiu a bolsa integral para o curso de verão no Miami City Ballet. Mas, como sou manicure e não tenho renda fixa, não acreditaram que eu iria somente acompanhá-lo e não me deram o visto. Além disso, a falta de estrutura financeira para o sonho do Bernardo também foi um obstáculo. Por meio de campanha online e venda de canetas, ela conseguiu o dinheiro para despesas com passagens e hospedagem. Carla tentou o visto por três vezes, mas foi negado. Para o filho não perder a oportunidade, a família buscou então quem pudesse acompanhá-lo. Carla explicou que foi dado para o garoto o visto para cinco meses, mas disseram que não dariam para ela como acompanhante. Bailarino desde os 7 anos, Bernardo sonhava com esse curso nos Estados Unidos.Com bolsa para curso em Miami, bailarino carioca de 9 anos tem novamente visto negado
A história de Bernardo
Bailarino na escola de dança Alice Arja na cidade do Rio desde os 7 anos, em setembro do ano passado Bernardo foi selecionado por meio da escola para participar de um concurso de ballet em St Petersburg (FL) que vai ocorrer em março. Em janeiro, mãe e filho tentaram o visto pela primeira vez e foi negado. “Desde quando ele foi selecionado, comecei a luta para conseguir dinheiro suficiente para que ele pudesse fazer essa viagem. Criei a campanha online e comecei a vender canetas customizadas e a preparar tudo para tirar o visto e ele poder realizar o sonho”, relata Carla. Além do concurso de dança em St Peterbusg, Bernardo também foi selecionado para o curso de férias em julho no Miami City Ballet, em Miami. Como para o concurso de março não daria mais tempo, e contando com mais essa oportunidade, Carla reiniciou todo o processo para tentar novamente o visto para o curso em julho. Desde o início, a família teve o apoio da escola de balé onde Bernardo atualmente ensaia e onde ele estuda,da Secretaria Municipal de Educação do Rio de Janeiro e até de uma empresa em Miami que ajudou com a documentação necessária. “Eles (a empresa em Miami, a Hayman Woodward) foram muito atenciosos, buscaram a carta da Miami City Ballet onde consta sobre o curso e que geralmente só é enviada aos alunos poucos meses antes, em maio, por exemplo. Eles também ajudaram a preencher os outros documento. Se não fosse por eles, o Bernardo não teria chegado onde chegou”, conta a mãe. Como as aulas do curso não puderam ser registradas, uma vez que a organização não permite vídeos ou fotos das aulas, em vídeo especial ao Gazeta News nesta sexta-feira, 19, Bernardo falou sobre o curso e agradeceu o apoio da campanha e da comunidade brasileira.