O prefeito de Yuma, no Arizona, declarou emergência e disse que a crise na fronteira é diferente de tudo o que a cidade já vira
No setor da Patrulha da Fronteira em Yuma, que se estende da Califórnia até o deserto do Arizona, metade das apreensões de migrantes neste ano foram de crianças - a maior parcela na fronteira sul dos EUA, calcula o Washignton Post.
O número está aumentando rapidamente na região formada por uma comunidade agrícola pouco povoada no canto sudoeste do Arizona por pais e crianças da América Central que começaram a entrar na comunidade mais rápido do que se previa.
Quase 169 mil menores se renderam na fronteira sul nos primeiros sete meses deste ano fiscal, e mais da metade tem 12 anos ou menos, de acordo com registros federais da Alfândega e Proteção da Fronteira. Os menores agora respondem por quase 37% de todas as travessias - muito acima dos 10% a 20% dos anos anteriores.
Desesperado, o Exército de Salvação abriu um abrigo em um shopping em março, pensando que seria temporário. No início, eles tinham 50 pessoas. Então 150. Então os números dobraram pela semana.
Para ajudar, igrejas emitiram apelos urgentes por fraldas, fórmula infantil, livros para colorir e lápis de cera. Trabalhadores humanitários vieram de Washington. O prefeito, que se opõe à imigração ilegal, declarou uma emergência e implorou que a Casa Branca ajudasse porque o fluxo de pessoas que saíam da detenção federal na fronteira era diferente de tudo o que Yuma já vira.
“Eu não estou interessado em ver famílias desabrigadas e famintas andando pela cidade à procura de recursos e todas as questões que vêm com isso”, disse o prefeito Douglas Nicholls (R) em uma entrevista recente na prefeitura. “É um grande problema.”
Dentre os principais motivos alegados para pedidos de asilo estão as secas que diminuíram as colheitas da América Central, e a marginalidade.
