Luka Rocco Magnotta, acusado de assassinar e esquartejar um estudante chinês em Montreal, embarcou em um avião militar na Alemanha para um voo rumo ao seu país, no dia 18. Conforme informações da “Folha”, o anúncio foi feito pelo Departamento de Justiça do Canadá.
"Nosso governo trabalhou estreitamente com a SPVM (Polícia de Montreal), o Ministério Público de Quebec e as autoridades alemãs para obter a extradição do senhor Magnotta da Alemanha, assim como o seu rápido retorno ao Canadá", indicou o ministro canadense da Justiça, Rob Nicholson, em um comunicado.
Magnotta, um ex-ator pornô, supostamente filmou o crime na noite de 24 para 25 de maio, e divulgou depois o vídeo na internet.
Ele foi detido em um cibercafé da capital alemã após ser reconhecido pelo gerente do local, que alertou uma patrulha que passava casualmente na frente do comércio.
Em declaração à imprensa local, Kadir Anlayisli, gerente do cibercafé, confessou que, após reconhecer o suposto assassino, ficou com "pouco de medo" e disse que não fez "mais do que cumprir um dever".
Anlayisli também declarou que o suposto assassino tentou enganar os agentes apresentando uma falsa identidade, mas, pouco depois, acabou se entregando sem oferecer resistência.
Pesquisa
Magnotta chamou atenção de Anlayisli ao começar consultar informações na internet sobre si mesmo e sua fuga do Canadá. As imagens da câmara do cibercafé, que registram o momento da prisão de Magnotta, acabaram na internet e foram divulgadas por TVs do mundo todo.
Magnotta, que também era conhecido pelo nome de Vladimir Romanov, trabalhava na indústria do cinema pornográfico e, segundo a imprensa canadense, tinha mantido relações sexuais com a vítima, o chinês Lin Jun, 32.
De acordo com a imprensa canadense, o suposto assassino, que era bissexual e chegou a se prostituir com o codinome "Angel", mudava habitualmente de imagem com maquiagem, diferentes cores de cabelo, e até mesmo cirurgias plásticas.