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Atirador de Parkland será mantido preso sem fiança
Em uma breve audiência na tarde desta quinta-feira, 15, o juizado da Flórida ordenou que o acusado do tiroteio da escola Marjory Stoneman Douglas High School, Nikolas Cruz, seja mantido preso sem direito à fiança. Ele responderá por 17 acusações de assassinato em primeiro grau. À medida que o processo criminal contra o atirador de 19 anos caminha, mais informações sobre ele vão surgindo. Nesta quinta-feira, 15, o líder de uma milícia nacionalista chamada Republic of Florida disse que Cruz era membro de seu grupo e participou de exercícios paramilitares em Tallahassee. Porém, o líder disse que não conhecia a Cruz pessoalmente e que "ele atuou em seu próprio nome" e é "o único responsável pelo que acabou de fazer". Apesar de ter sido expulso da escola por problemas de comportamento, Cruz conseguiu comprar legalmente o rifle AR-15 usado no ataque à Marjory Stoneman Douglas High School, segundo a polícia. O jovem tinha dificuldades para se relacionar socialmente e sua mãe morreu de pneumonia em novembro do ano passado. Ele então estaria morando com amigos, segundo informações levantas pela mídia local. Estudantes que o conheciam o descreveram como um adolescente volátil, cujo comportamento estranho fazia com que as pessoas se afastassem dele. Vítimas do tiroteio na Stoneman Douglas High School são identificadas A polícia divulgou a identidade de algumas das 17 vítimas fatais do ataque na última quarta-feira, 14, na Marjory Stoneman Douglas High School. Foram confirmadas as mortes de dois funcionários: Aaron Feis, treinador de futebol que está sendo saudado como um herói por ter salvo a vida de muitos estudantes, inclusive um adolescente brasileiro; e Chris Hixon, diretor de esportes. Até o momento, dentre os estudantes identificados estão: Alyssa Al Hadeff; Jamie Guttenberg; Gina Montalto; Nicholas Dworet. As autoridades e o porte de arma Em um discurso nacional da Casa Branca após o ataque, o presidente Donald Trump disse que queria que os filhos dos Estados Unidos soubessem que: "Você nunca está sozinho e você nunca estará". Trump disse que nenhuma criança deveria ter que ir à escola com medo de ser morta. Ele planejou viajar para a Flórida encontrar-se com as famílias das vítimas, explorar como garantir escolas mais seguras e "enfrentar a difícil questão da saúde mental". Entretanto , em nenhum momento Trump mencionou armas ou como controlá-las. O procurador-geral Jeff Sessions disse que quer que o Departamento de Justiça estude como a doença mental afeta o comportamento criminoso, para entender melhor como a aplicação da lei pode usar leis existentes para prevenir tiroteios na escola. "Não se pode negar que algo perigoso e insalubre está acontecendo no nosso país", disseram Sessões a um grupo de xerigos em Washington. Em "cada um desses casos, tivemos indicações antecipadas e talvez não tenhamos o suficiente para intervir", ressaltou. O governador republicano Rick Scott disse que já pediu ao Florida House Speaker Richard Corcoran, que "se alguém está mentalmente doente, ele não deveria ter acesso a uma arma". O superintendente das Escolas do Condado de Broward, Rob Runcie, disse que "agora é hora de ter uma conversa real sobre a legislação de controle de armas". E se os adultos não conseguem gerenciar isso em suas vidas, ele disse, os alunos vão fazer isso. O xerife do condado de Broward, Scott Israel, pediu para dar às forças policiais mais poder para deter pessoas que criam ameaças. "O que eu estou pedindo aos nossos legisladores é para que deem à polícia mais poder", disse o xerife, “para deter pessoas que fazem ameaças ou que publicam material perturbador na internet para que possam ser identificados e levados para acompanhamento com profissionais de saúde mental”. Esse foi o maior atentado à escola desde 2012, em Sandy Hook, Connecticut, quando um atirador matou 28 pessoas, a maioria crianças. Com informações do 7NewsMiami e Sun Sentinel.