Terrorismo: Apple pede que EUA retire exigência

Por Gazeta News

apple tim cook

O CEO da Apple pediu no dia 22 que o governo dos Estados Unidos retire o pedido que exige que a empresa ajude o FBI a acessar um iPhone para uma investigação sobre terrorismo.

"O que está em risco é a segurança de centenas de milhões de pessoas que cumprem a lei. Isso estabeleceria um perigoso precedente que ameaça as liberdades civis de todo o mundo", destacou Tim Cook.

A Apple se negou na semana passada a proporcionar o acesso do governo americano a um iPhone usado por um dos autores do tiroteio de dezembro na cidade californiana de San Bernardino, no qual morreram 14 pessoas.

A juíza federal Sheri Pym ordenou na semana passada que a Apple ajude os agentes do FBI a acessar os dados do telefone. O Departamento de Justiça americano foi um passo além no dia 19, ao apresentar uma moção para obrigar que a empresa cumpra com o solicitado pelos tribunais.

A empresa sugeriu à Casa Branca, em uma série de perguntas e respostas publicadas em seu site, criar uma comissão governamental para avaliar os problemas gerados pelo crescente uso da encriptação.

"Nosso país sempre foi mais forte quando unido", declarou a Apple em informação publicada no dia 22 em seu site, no qual diz que a melhor forma de avançar neste caso seria o governo "retirar" suas exigências e formar uma comissão ou algum tipo de painel para avaliar a situação.

A empresa lembra que o pedido do governo se baseia em desenvolver uma nova versão de sistema operacional iOS para driblar as proteções de segurança quando a tela do telefone está bloqueada, o que criaria uma função nova ao permitir que se introduzam senhas de forma eletrônica e não manualmente, permitindo que o FBI desbloqueasse o telefone mediante o uso de "força bruta", um sistema eletrônico que usa milhões de senhas até acertar a combinação correta.

Outra consequência seria a ampliação dos poderes do governo, disse a Apple.