Pelo menos 20 milhões de imigrantes de países considerados de terceiro mundo vivem na União Europeia em situação legal, o que significa 4% da população, de acordo com a Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE). O órgão ressaltou ainda, no dia 1º, que não é possível desconsiderar que existe uma economia relacionada aos imigrantes ilegais. Segundo os autores do estudo da OCDE, em 2013 houve, pela primeira vez desde 2007 e a explosão da crise financeira, um aumento do número de entradas de imigrantes permanentes no que se conhece como o mundo desenvolvido. Concretamente, houve um aumento de 1,1%, até 3.824.000 pessoas, frente à queda 0,8% em 2012. A Alemanha tornou-se o primeiro país de imigração na Europa e o segundo no mundo, perdendo apenas para os Estados Unidos. Segundo o secretário-geral da OCDE, Angel Gurria, a Alemanha se transformou em uma ilha de prosperidade no período pós-crise financeira de 2008, passando de oitavo para segundo lugar no ranking dos países que mais receberam imigrantes em 2012. Naquele ano, a Alemanha recebeu cerca de 400 mil imigrantes. Esse volume só é inferior a 1 milhão de entradas observadas nos Estados Unidos, mas ultrapassa outras nações europeias assediadas pelos imigrantes, como Reino Unido (286 mil), França (259 mil) e Itália (258 mil). Essa tendência deve ter continuado em 2013, com uma estimativa de 465 mil desembarques, segundo a OCDE. Grande parte das “entradas permanentes” na Alemanha vem da União Europeia. A Alemanha também recebeu, no ano passado, 110 mil solicitações de asilo, contra 68 mil dos Estados Unidos e 60 mil da França.