O decreto proibindo a entrada de viajantes de sete países de maioria muçulmana nos EUA, em vigor desde a semana passada, teve seus efeitos suspensos na noite da última quarta-feira, 1, graças à decisão do juiz federal, Andre Birotte Jr, de Los Angeles, na Califórnia. A demanda judicial contempla o caso de 28 pessoas de uma mesma família, nascidas no Iêmen, todos com visto válido, mas que neste momento se encontram no país asiático.
Na decisão liminar, o juiz conclui que o governo dos Estados Unidos não pode cancelar um visto válido de um imigrante e também não deve confiscar ou reter passaportes de viajantes que desembarquem no aeroporto internacional de Los Angeles.
O juiz determinou que agentes de imigração "não removam, detenham, ou bloqueiem a entrada do grupo demandante da ação, ou de qualquer outra pessoa com um visto de imigrante válido". A ordem é temporária e tem efeito até o dia 10 de fevereiro.
A cidade de Los Angeles é uma das cidades-santuário - que protegem imigrantes e se recusam a cumprir as ordens executivas do presidente Donald Trump. Além disso, o prefeito da cidade, Eric Garcetti, disse que oferecerá todo apoio à comunidade muçulmana.
A liminar tem a mesma base legal e segue a linha acatada por juízes federais de outros estados, como Massachusetts, Virgínia, Washington e Nova York, que nos últimos dias proferiram decisões liminares para proteger viajantes e imigrantes provenientes de sete países de maioria muçulmana listados na ordem executiva.Com informações da CNN.