Já que nos últimos dois anos Vera Fischer tem recusado todo personagem de novela que a Globo lhe oferece. O jeito encontrado pela emissora, portanto, para manter a deusa loira no ar foi inventar participações especiais para ela. No caso específico de América, em que qualquer esforço para recuperar a audiência perdida nos últimos dois meses é bem-vindo, a presença de Vera pode ser essencial. Atriz e emissora ainda não bateram o martelo, mas é provável que ela apareça na tela na segunda fase da novela, que começa em julho, para conquistar o coração de Tião (Murilo Benício), justamente o protagonista da história.
Quem viu O Clone, em 2001, deve lembrar que a trajetória da personagem de Vera na trama marroquina era exatamente a mesma: antes de se envolver com Leônidas (Reginaldo Faria), Ivete flertava com o filho dele, também interpretado por Benício, que mais uma vez aparecia como o ator central da história. Não é por acaso que Glória é a autora dos dois folhetins. A escalação de Vera para América era, na verdade, um desejo da autora desde o momento em que ela escreveu a sinopse da novela das oito. A atriz interpretaria a locutora Gil, mas, como recusou a oferta, o papel foi destinado a Lúcia Veríssimo.
Caso aceite a tarefa de separar Tião e Sol (Deborah Secco), Vera vai aparecer na televisão em dois horários, já que Laços de Família (2000) está no ar à tarde, no Vale a Pena Ver De Novo. Sua aparição mais recente no horário nobre foi em Senhora do Destino, na qual fez mais uma rápida participação especial. Em 2003, Vera gravou sua última trama inteira, na qual atuou desde a estréia até o capítulo final. Tratava-se de Agora É Que São Elas, exibida na faixa das seis.
