Em entrevista nesta semana ao The Washington Post, o presidente eleito Donald Trump mencionou algumas mudanças na lei de saúde do governo Obama, o Affordable Care Act, conhecido como Obamacare.
Trump disse aguardar a nomeação de Tom Price como secretário de saúde para revelar mais detalhes sobre as mudanças, mas enfatizou que o programa do seu governo visa fornecer um “seguro para todos”, disse ele. Além disso, outra mudança será a exigência para que as empresas farmacêuticas negociem diretamente com os seguros Medicare e Medicaid e abaixem seus preços.
No dia 12, os congressistas aprovaram por 51 votos a 48 uma medida de conciliação do orçamento nacional entre a Câmara de Representantes e o Senado, a via legislativa para revogar o Obamacare. No dia seguinte, a Câmara dos Representantes aprovou por 227 votos a favor e 198 contra, a resolução que determina que comitês do Congresso preparem uma legislação que irá desmantelar a Lei de Proteção e Cuidado ao Paciente, de 2010.
Alguns republicanos querem retardar o esforço da revogação até que um plano da recolocação seja revelado. Trump garante que sua reforma de seguro cobrirá mais pessoas e custará menos dinheiro e disse que pressionaria para que o Medicare pudesse negociar os preços dos medicamentos.
Cerca de 20 milhões de pessoas ganharam cobertura sob o Obamacare e a taxa de não-segurado da nação caiu para 8,9% no primeiro semestre de 2016, de 14,4% em 2013, antes Affordable Care Act e a expansão do Medicaid entrar em vigor.
Medo do futuro
A mineira Selma de Oliveir, mora em Delray Beach há 20 anos e considera ótima a cobertura do seguro por meio do Obamacare e não sabe como as mudanças propostas por Trump poderão afetá-la. Casada com um americano, Selma teve o que considerou um “presente” com o seguro antes da entrada de Trump. “Na semana passada, meu marido precisou fazer uma angioplastia que foi quase totalmente coberta pelo Obamacare. Pagamos cerca de $800 dólares em uma cirurgia que deve ter custado em torno de $18 mil dólares ou mais”, disse.Com informações do The Washington Post.
