A polícia inglesa confirmou ter desarticulado nesta quinta-feira(10) um plano para explodir aviões que sairiam do país em direção aos EUA. De acordo com as autoridades norte-americanas, o plano pode ter sido arquitetado pela rede Al Qaeda.
"Temos certeza de que conseguimos frustrar um plano dos terroristas para provocar um grande número de mortes e muita destruição", afirmou o vice-comissário de polícia de Londres, Paul Stephenson. "Para dizer em termos claros, tratou-se de uma tentativa de assassinato em massa em uma escala nunca antes vista".
O secretário da Segurança Interna dos EUA, Michael Chertoff, disse em uma entrevista coletiva: "Essa operação sugere, em alguns de seus pontos, um plano da Al Qaeda. Mas como as investigações ainda não terminaram, não há uma conclusão definitiva".
De acordo com Chertoff, "apesar de a operação ter se concentrado na Grã-Bretanha, ela era sofisticada, contou com a participação de várias pessoas e tinha dimensões internacionais".
As autoridades inglesas não descartou a possibilidade de haver uma ligação com a Al Qaeda, mas rechaçou a idéia sobre um envolvimento direto da rede mundial de militantes na ação.
Mais segurança
A Ingleterra e os Estados Unidos aumentaram suas medidas de segurança na quinta-feira, após a publicação do plano sobre a tentativa de atentado, que envolveria o uso de um artefato de "produto químico em estado líquido". Em virtude da segurança reforçada, vários vôos atrasaram.
Os dados fornecidos por meios de comunicação locais estimavam que algo entre seis e 10 aeronaves poderiam ser atingidas nos ataques.
Pela primeira vez, o Departamento de Segurança Interna dos EUA elevou para o nível "vermelho", o mais alto, a ameaça a passageiros. As autoridades norte-americanas proibiram a presença de produtos líquidos (entre os quais bebidas), gel de cabelo e loções nos vôos comerciais.
Os serviços de inglês de segurança elevou o nível de ameaça no país de "grave" para "crítico", o mais alto da escala de cinco patamares, significando que um "ataque pode acontecer a qualquer momento".
O ministro do Interior, John Reid, disse que a polícia acreditava ter detido os principais envolvidos durante operações realizadas à noite. No total, 21 suspeitos foram detidos.
O chefe da polícia para a área de combate ao terrorismo em Londres, Peter Clarke, disse que o plano tinha "dimensões globais". E, segundo Stephenson, as autoridades do país europeu haviam agido em coordenação com agências de segurança estrangeiras.