A temporada de furacões inicia oficialmente nesta quinta-feira, 1º de junho e a previsão do National Oceanic and Atmospheric Administration (NOAA) indica a possibilidade de tempestades 45% acima do normal. Estão previstas de 11 a 17 tempestades tropicais nomeadas na região, que inclui o Atlântico, o Caribe e o Golfo do México. Também são previstos de cinco a nove furacões, sendo de dois a quatro considerados de categoria três ou superior (com ventos superiores a 111 mph). Normalmente, a média de uma temporada é de 12 tempestades nomeadas, das quais seis tornam-se furacões, sendo três grandes furacões.
Normalmente, a temporada de furacões vai de junho a novembro, mas se considera “o pico” meados de agosto até outubro. De acordo com o NOAA, o relatório divulgado na semana passada aponta uma temporada mais ativa que o normal, não detectada desde 2013. A temporada 2016 gerou 15 tempestades nomeadas, sendo sete furacões. O mais forte da temporada foi Matthew, um furacão que alcançou a categoria 5 que devastou o Haiti e chegou ao sul da Flórida na categoria quatro, matando quatro pessoas.
“Há uma combinação de fatores apontando para uma temporada mais ativa, entre eles o El Niño, que provoca aumento das temperaturas médias do oceano e ventos mais espalhados”, afirma Gerry Bell, principal especialista em furacão do Climate Prediction Center do NOAA.
Experiência de vida
A brasileira Ana Soares, 45 anos, mudou-se de Minas Gerais para Pompano Beach, no ano passado, com o marido e o filho. Logo que chegou, a família teve que enfrentar a tensão e o medo com a possível vinda do furacão Matthew. “Confesso que não foi fácil. A gente ouve as pessoas que já moram aqui falando que devemos estocar comida e água, que destrói árvores, carros e casas, e isso vai dando medo, sim. Todo mundo na rua correndo para cobrir as janelas e portas. Eu não dormi. Fiquei vigiando porque a gente imagina que vai vir e destruir tudo. É terrível. O psicológico fica abalado”, declara.
Já a secretária Maria Silva, 37 anos, mora em Deerfield Beach há 20 anos e se diz “acostumada” com a possibilidade de furacões. Para ela, a precaução e os recursos de alerta ajudam a manter a segurança. “No ano passado, trocamos todas as janelas e portas pelas reforçadas de furacão porque o Matthew estava vindo forte. Também tiro todo o material do quintal e guardo. A gente pega uma certa malícia com isso e a previsão é muito precisa”, afirma.
Como se preparar em caso
de furacão:
- Coloque protetores nas janelas e portas;
- Faça planos para evacuar;
- Diminua a temperatura da geladeira e do freezer para o mínimo possível para que em caso de falta de energia esteja tudo o mais gelado possível;
- Congele água em sacos plásticos e garrafas plásticas porque ajudará a manter os alimentos gelados por mais tempo, ou até para consumo;
- Encha banheiras e baldes com água para usar nos banheiros
- Evite sujar louça, use descartáveis.
- Tenha todos os telefones totalmente carregados e os use para comunicação essencial;
- Não estacione carros embaixo ou próximos a árvores;
- Retire tudo que tenha no quintal para evitar que qualquer objeto seja atirado na sua própria casa ou de seus vizinhos. Em caso de haver piscina, objetos como cadeiras e mesas podem ser mergulhados nela;
- Guarde documentos importantes em sacos plásticos;
- Não mantenha velas acesas durante a noite. Prefira lanternas.
- Não use gerador de energia dentro de casa, pois eles liberam fumaças tóxicas de monóxido de carbono que podem ser mortais. Mantenha-os na parte de fora da casa e não na garagem.
- Estoque água, enlatados e comidas que podem ser mantidas fora da refrigeração.
- Tenha dinheiro em mãos;
- Extintor de incêndio pequeno.
- Se necessário, tenha medicamento, fraldas e fórmulas para bebês para no mínimo uma semana e produtos de higiene para os animais de estimação suficientes.