A TAM está aproveitando a crise da Varig para avançar no mercado aéreo internacional. A companhia, que já é líder do mercado doméstico, se prepara para inaugurar uma nova rota diária para Nova York, nos Estados Unidos.
Com isso, a TAM dá mais uma passo para ampliar sua participação do mercado internacional, segmento que sempre foi liderado pela Varig.
O avanço da TAM no segmento internacional coincide com a crise financeira da Varig. No mês passado, a Varig recorreu à nova Lei de Falências e conseguiu entrar em processo de recuperação judicial --mecanismo que substituiu a concordata.
Nessa estratégia de ampliação da participação no segmento internacional, a TAM contará ainda com a própria ajuda da concorrente. A Varig contratou a Lufthansa Consulting para reestruturar sua malha aérea. O plano da companhia é enxugar a atual malha, privilegiar os destinos mais rentáveis e devolver as rotas deficitárias. Com isso, a companhia deverá cancelar a operação de várias rotas, inclusive algumas internacionais.
Para os analistas do setor, a estratégia da TAM de aproveitar a crise da Varig para crescer já foi usada em outras ocasiões. A companhia chegou à liderança do mercado aéreo doméstico após a crise da Transbrasil e da Vasp. Em todos os momentos, a companhia teria tido o "time" certo para crescer com a derrocada das outras empresas.
Nova York
A nova rota da TAM para Nova York começará a ser operada a partir de novembro. A linha fará a ligação entre os aeroportos de Guarulhos e o JFK.
A empresa informou que definirá em agosto a data de início da rota, freqüência e horários dos vôos.
Segundo a empresa, a chegada do novo Airbus A330, em outubro, permitirá a operação da nova rota internacional da TAM. Hoje, a companhia opera vôos para Miami, Paris, Buenos Aires, Santiago do Chile, Assunção, Montevidéu, Punta del Leste, Ciudad del Leste, Santa Cruz de la Sierra e Cochabamba.
