O atentado com dois caminhões-bomba cometido em Mogadíscio, capital da Somália, matou pelo menos 276 pessoas e deixou mais de 300 feridas, é considerado o pior do país pelo número de vítimas fatais. O país já sofre com ataques do tipo há décadas.
No último sábado, 14 de outubro, caminhões-bomba explodiram próximo ao Safari Hotel e a um movimentado mercado da cidade. De acordo com a imprensa somali, a maioria dos mortos eram civis, principalmente vendedores ambulantes. Os hospitais estão superlotados de feridos e há falta de medicamentos e bolsas de sangue.
O diretor do Hospital Madina, Mohamed Yusuf Hassan, disse que ficou chocado com a escala do ataque. "Setenta e dois feridos foram internados no hospital e 25 deles estão em condições muito graves. Outros perderam as mãos e as pernas na cena", afirmou. "O que aconteceu ontem foi impressionante, eu nunca vi algo assim antes. Inúmeras pessoas perderam suas vidas."
A imprensa local e analistas acreditam que o grupo jihadista Al Shabab, ligado à Al-Qaeda, esteja por trás do atentado. O grupo não se manifestou.
O presidente da Somália, Mohamed Abdullahi Mohamed, decretou três dias de luto nacional.
A Somália vive em estado de guerra e caos desde 1991, quando o ditador Mohamed Siad Barre foi derrubado. Isso deixou o país sem um governo efetivo e em mãos de milícias radicais islâmicas, senhores da guerra que respondem aos interesses de um clã determinado e grupos armados.
Com informações da Reuters.