Sharon foi internado na quarta-feira após um derrame cerebral
O chefe da equipe que cuida do primeiro-ministro israelense Ariel Sharon, Felix Umansky, disse nesta segunda-feira que o premiê começou a responder a "estímulos de dor".
"Primeiro (o primeiro-ministro respondeu) com um leve movimento nos músculo da perna direita."
"Algumas horas depois, (respondeu) com um movimento na perna direita (inteira) e depois também com a mão direita", explicou.
Pela manhã, os médicos já haviam informado que Sharon tinha respirado espontaneamente, embora continue ter a ajuda de aparelhos.
Volta?
Os médicos começaram a reduzir nesta segunda-feira a quantidade de anestésicos administrada ao premiê para testar as respostas do cérebro dele.
Estes testes devem permitir que a equipe médica avalie qual o grau de dano provocado ao cérebro dele pelo derrame.
Umansky disse, no entanto, que o sinal mais importante, Sharon abrir os olhos, ainda não aconteceu.
Segundo ele, esse sinal confirmaria que as reações ocorrem decorrentes de atividade cerebral e não de simples reflexo.
Mas ele observou que mesmo estes reflexos já seriam sinais positivos.
O médico disse que o primeiro-ministro ainda corre risco de vida e que é impossível nesse momento dizer se ele terá condições de voltar ao trabalho em algum momento.
Quando questionado sobre a possibilidade de Sharon, mesmo que tenha ótima recuperação, estar pronto para concorrer nas eleições marcadas para março, o médico se recusou a responder.
"Não posso falar de política. Este é um tema que não nos interessa", disse.