Quinta-feira será dia de os são-paulinos matarem saudades de Rogério Ceni. Depois de 40 dias, o goleiro volta a jogar contra a Portuguesa. O último jogo, dia 18 de dezembro, foi histórico.
O adversário era o Liverpool. E Ceni foi o grande responsável pela conquista do Campeonato Mundial de Clubes da Fifa, impedindo que o massacre do segundo tempo se transformasse em gols. E o 1 a 0 foi mantido, garantindo o terceiro título mundial para o clube.
Ceni jogou com dores no joelho esquerdo. Um risco premeditado. Dia 11 de janeiro, fez uma artroscopia no menisco e não jogou mais. A recuperação era prevista para daqui a 15 dias, mas foi mais rápida do que se esperava.
Sábado, foi feita uma avaliação médica, e Rogério - conhecido "fominha" - fez pressão para jogar o clássico contra o Palmeiras. Foi convencido a esperar mais um pouco.
Para convencer que já está na hora de voltar, Ceni argumenta que treinar é muito mais difícil do que jogar. No treino, diz ele, é necessário saltar muito e no jogo, não, é possível dosar o ritmo.
Não convenceu, mas agora será difícil segurar quem, em 2005, participou de 72 das 76 partidas do clube e que em 2005 já ficou de fora de seis jogos.
Segunda-feira, o médico José Sanchez já dava mostras de que seria possível a volta de Ceni. "Ele tem evoluído muito. Está cumprindo os exercícios especiais que passamos para o preparador de goleiro. Agora, só depende do Muricy."
O técnico não se definiu ainda, mas dá a entender que Ceni vai para o jogo. "O Rogério é um atleta muito consciente e sabe que não deve forçar. Só vai dizer que dá para jogar quando estiver 100%". Como Rogério já disse....
Bosco, que foi contratado no final do ano passado do Fortaleza, e jogou as seis primeiras partidas do ano, acha que Ceni estará em campo. "Pelo que tenho visto nos exercícios que tem feito, ele joga. Torci muito para que se recuperasse, e acho que chegou a hora."
Com Rogério Ceni, André Dias e Alex Dias, o São Paulo ganha ares de um time quase completo. E o elenco percebe isso. "No começo do ano, era aquele negócio de Grafite vai, Grafite fica, Amoroso sai, de modo que a gente nem sabia direito como seria o elenco. Agora, chegaram os reforços, o Rogério pode voltar e a gente vai ficando mais encorpado", diz Muricy Ramalho.
E, domingo, contra a Portuguesa Santista, Muricy talvez possa escalar Lugano, que ontem voltou a treinar. O zagueiro uruguaio pediu para jogar, mas depende da confecção de uma máscara de silicone que lhe proteja o nariz, fraturado no empate por 3 a 3 contra o Guarani, dia 29 de janeiro. Lugano foi operado dia 30 e ficou fora dos treinos por uma semana.
O volante Denílson joga contra a Portuguesa, nesta quinta-feira. Assume o lugar de Mineiro, suspenso por acúmulo de cartões amarelos. "O Denílson é um garoto de muito futuro, mas o seu estilo é diferente do Mineiro. O Mineiro é inigualável. Movimenta-se os 90 minutos do jogo e, se convidarem para um futsal depois, ele aceita", diz Muricy.
