A série “Tons” da Universal Music traz de volta os primeiros discos de Rita Lee em carreira solo. No lote especial, estão as três primeiras incursões da cantora sem os Mutantes, banda que a projetou. O primeiro disco solo de Rita Lee foi lançado em 1970. “Build Up” foi um projeto paralelo, dirigido pelo seu colega de Mutantes e então marido, Arnaldo Batista. Nesse trabalho, é possível notar uma grande diferença em relação aos trabalhos produzidos pelos Mutantes, que já estavam começando a ensaiar uma mudança de estilo, encaminhando-se para o um rock mais progressivo. É nesse álbum que se encontra o primeiro single da cantora, “José” (Joseph), canção de Georges Moustaki, com versão em português assinada por Nara Leão.
Em 1972, veio “Hoje É o Primeiro Dia do Resto da Sua Vida”. O fato interessante desse disco é que se trata de um trabalho dos Mutantes.
Naquele mesmo ano, eles já haviam gravado “Mutantes e Seus Cometas no País do Baurets”. Como o contrato com a gravadora só permitia a gravação de um disco por ano, eles deram um jeito e creditaram o álbum somente a Rita Lee.
O terceiro álbum da roqueira paulista foi na verdade seu primeiro trabalho fora dos Mutantes. ”Atrás do Porto Tem uma Cidade” conta com o acompanhamento da banda Tutti Frutti, que ainda participaria de outros registros históricos de Rita Lee, os álbuns “Fruto Proibido” (1975), “Entradas e Bandeiras” (1976) e “Babilônia” (1978).
“Dias de Luta” consagra o rock anos 80
O livro “Dias de Luta”, lançado há 10 anos pelo jornalista Ricardo Alexandre, mostra a cena do rock nacional oitentista com uma visão única. O autor cobre os principais celeiros de bandas daquela época, desde o Rio Grande do Sul, passando pelas bandas paulistas, cariocas e pelo cenário da Capital Federal, com a turma que se reunia na colina para ouvir e tocar punk rock. A década de 80 revelou tantos nomes que permanecem até hoje no cenário musical e na cabeça das pessoas que podemos considerar como os 10 anos mais efervescentes do rock brasileiro. Ultraje a Rigor, Titãs (foto), Ira!, Barão Vermelho, Blitz, Legião Urbana, Plebe Rude e Engenheiros do Hawaii são só alguns representantes do Rock Brasil que deixaram suas marcas na música brasileira feita desde então e estão todos no livro. Segundo o autor, ele conseguiu ter uma visão mais ampla, abrangendo o rock de várias regiões, pois nem era jornalista na época, o que o ajudou a ter um olhar mais próximo do ouvinte comum, fã ocasional do rock dos anos 80.
