O jornalista e produtor Carlos Borges fechou o ano de 2005 com duas realizações de grande sucesso. Sua empresa, a PMM-Plus Media & Marketing, sediada em Fort Lauderdale, organizou com êxito três dos mais importantes eventos brasileiros dos Estados Unidos, o Brazilian International Press Award, a segunda edição do Brazilian Fashion Show e o 14º Miss Brasil-USA.
Mas como reza o ditado “o show não pode parar” e duas semanas depois de encarar o “estresse pós-Miss”, Borges e sua equipe já estavam “hands on” na nona edição anual do PRESS AWARD, previsto para o final de semana de 26 a 28 de maio, desta vez envolvendo três espaços do Complexo BCPA: o New River Room, o Armaturo Theater e o espaço maior, o Au René Theater.
Gazeta – Quais as novidades para o Press Award 2006?
Carlos Borges – As novidades são muitas mesmo. Talvez a mais significativa e histórica será a realização do Primeiro Congresso Mundial de Mídia Comunitária Brasileira, evento inédito e que acontecerá paralelamente ao final de semana de premiação, que será de 26 a 29 de maio. Esperamos atrair para o evento representantes de mídia comunitária brasileira em 10 países e importantes lideranças e personalidades da Imprensa, Publicidade e Exportação de Cultura Brasileira. É uma idéia do jornalista e produtor Edilberto Mendes a qual abraçamos totalmente e que está aglutinando os esforços de dezenas de entidades e centenas de pessoas em todo o país.
Gazeta – E quando começa a votação popular, que é muito esperada ?
Carlos Borges – A votação popular começa no dia 15 de janeiro e vai até 28 de fevereiro. Há muitas novidades. Na página de votação popular do site oficial www.pressaward.com estarão listados via de regra 10 pré-indicados numa seleção feita pelo Board do Press Award e acolhendo sugestões de lideranças culturais brasileiras de todo o país. Haverão categorias com menos de 10 pré-indicados porque há setores em que as opções são limitadas e não se pretende listar pessoas, entidades e iniciativas apenas para “fechar a lista de 10”, mas a maioria das categorias oferece 10 opções de voto. E ainda um espaço extra para o votante possa escrever o nome de seu preferido e que por ventura não esteja na lista.
Gazeta – Quer dizer que o Board do Press Award tem sido muito atuante?
Carlos Borges –O funcionamento do Board tem sido excelente. Ele quem define atualmente as regras e procedimentos das premiações, exceção feita apenas para os Lifetime Achievement Awards, que são premiados de mérito histórico inquestionável. O Board do Press Award é integrado por 15 genuínos líderes e tem feito um trabalho sensacional, todo ele voluntário. Isso, levando em conta que são importantes empresários e líderes comuntários com agenda lotada, dá uma medida da importância que dão ao evento. Acho que a instalação do Board, logo após o evento em 2005, foi um dos marcos no grande “upgrade” do Press Award. Vejo o evento agora como totalmente consolidado.
Gazeta – Quem são os ganhadores do “Lifetime Achievement Award” em 2006 ?
Carlos Borges – É mais um quarteto fenomenal, mantendo a tradição de altíssima credibilidade do prêmio. Posso adiantar apenas que são um nome da Literatura, um do Esporte, um grande evento e uma estrela da MPB. Todos de reconhecido mérito mundial e carreira internacional contínua. Os nomes só serão oficialmente anunciados em fevereiro, não posso antecipar.
Gazeta – E os prêmios de Imprensa, mudam em alguma coisa ?
Carlos Borges – Muda já na fase de voto popular. O Board aprovou o estabelecimento de alguns critérios básicos para os veículos de comunicação serem elegíveis. O primeiro deles é que tenham um mínimo de dois anos de circulação comprovada e estável. Sem demérito para jornais, revistas, programas comunitários de rádio e TV e websites criados depois de janeiro 2003. Essa limitação tem como fundamento proteger a legitimidade das escolhas numa área que é crucial em nossa comunidade. Apesar de não ser uma regra infalível, coisa que não existe, essa regra reflete a estatística comprovada de que nos dois primeiros anos de vida dos novos veículos, uma boa parte deles desaparece por razões diversas, sua circulação ou permanência no ar é comprometida, enfim. O Press Award considera que dois anos é um patamar básico, para o veículo ser considerado “minimamente estável”. Haverão sempre exceções. Mas o risco que antes corríamos que, através de uma maciça campanha de “boca de urna” no voto popular, veículos não representativos acabassem roubando nas cinco indicações finais, lugares de veículos sérios e representativos que até por questão de julgamento interna, não fazem “boca de urna”. Essa restrição alija menos de 10% dos atuais veículos circulando na comunidade brasileira. Ou seja, 90% dos que estão aí são plenamente elegíveis e premiáveis. No mais, os prêmios são os mesmos de 2005 e com uma novidade especial que também não posso adiantar, mas que será revelada no decorrer do processo.
Gazeta – Criados no ano passado, como é que ficam este ano os prêmios de Publicidade?
Carlos Borges – Acho que este será um segmento especialmente brilhante no evento. A “timidez” de 2005 foi mais do que natural e necessária. Apesar de grande, movimentando cerca de 10 milhões de dólares anualmente dentro da comunidade brasileira, o segmento de publicidade e marketing orientados para o mercado brasileiro nos Estados Unidos ainda é dominado pela informalidade. Isso está mudando e rapidamente e o Press Award refletiu e refletirá essa evolução contínua. Os prêmios de publicidade, como evento, terão total supervisão da Brazilian-American Advertising Association, uma entidade que veio para fazer uma grande diferença na comunidade. Apesar disso, a BAAA, seus diretores e integrantes não tem nenhuma interferência no processo de premiação. A premiação de publicidade é feita por um júri específico de notáveis do setor e as inscrições são diretas e também estarão abertas através do site www.pressaward.com a partir do dia 15 de janeiro.
Gazeta – De uma forma geral a “cultura” do brasileiro em relação a prêmios é controversa. O Press Award parece ter conseguido um fato extraordinário que é manter a credibilidade. Como você explica isso?
Carlos Borges – Muitos de nós, brasileiros, não fomos educados para bater palmas para o sucesso dos outros. Essa é uma grande realidade. O brasileiro rí do palhaço, aplaude o cantor, mas quando chega a hora de bater palmas – mesmo que só por educação – para seu competidor, seu colega de ramo, ele reage negativamente e muitas vezes simplesmente se recusa ou deprecia a premiação. A comunidade brasileira, vivendo aqui nos Estados Unidos tem absorvido bastante este lado inteligente e de marketing dos norte-americanos, que entendem todas as premiações como promoção coletiva, onde todos saem ganhando. Obviamente que há prêmios e “prêmios”. Mas num sentido mais amplo, a maioria desses eventos tem seu valor e sua finalidade. Eu pessoalmente acredito que a credibilidade do Press Award reside justamente no fato de serem prêmios de mérito, o que só é possível fazer graças ao suporte de organizações e empresas que respeitam as regras e não investem no produto na expectativa de serem premiados. Se o são, é por méritos inquestionáveis na atuação cultural e comunitária brasileira.
Gazeta – Porque o Press Award é só para convidados e nunca permitiu acesso ao público em geral?
Carlos Borges – Foram estratégias e etapas já vencidas. Este ano possivelmente haverá um “mix” de convidados – premiados e convidados especiais – e uma certa quantidade de convites serão colocados à venda em todos os três eventos de premiação. Mas a bilheteria nunca foi e não será um fator prioritário no Press Award.
Gazeta – Finalmente, qual é o cronograma do evento em 2006?
Carlos Borges – O fim de semana de premiação e de realização do I Congresso Mundial de Mídia Comunitária Brasileira ocorre dias 26, 27 e 28 de maio. O Congresso será dias 26 e 27 no New River Room. A premiação de Imprensa e Publicidade será dia 26 também no New River Room. A premiação de Arte, Cultura & Comunidade será dia 27, no Armaturo Theater e a premiação dos Lifetime Achievement Awards com o grande show celebrando o Grande Prêmio de Música Brasileira será dia 28 de maio no Au René Theater.
