A polícia de New York vai revistar bolsas, sacolas e mochilas de passageiros do metrô da cidade escolhidos aleatoriamente. A medida também poderá ser aplicada em alguns trens intermunicipais e ônibus.
A revista foi decidida nesta quinta-feira, depois das explosões em Londres, e já entra em vigor em algumas estações a partir desta noite.
O prefeito da cidade, Michael Bloomberg, diz que entende que a medida pode ser considerada intrusiva, mas diz que é necessária. "Vivemos num mundo no qual, infelizmente, estas medidas de segurança são necessárias", afirmou.
Medida inédita
É a primeira vez que a polícia de Nova York toma uma medida deste tipo e a decisão pode causar protestos de grupos de defesa de direitos civis.
O chefe de polícia da cidade, Raymond Kelly, disse que os policiais não vão selecionar as pessoas que serão revistadas pelo perfil racial e que os passageiros terão o direito de se recusar a permitir a revista e deixar a estação.
Kelly explicou que a revista deve atingir um número pequeno de pessoas, para evitar filas e atrasos.
Ele disse ainda que a polícia estava consultando os advogados para elaborar um plano. "Vamos usar uma dose razoável de bom senso", afirmou.
O metrô de Nova York tem 468 estações e transporta cerca de 4,5 milhões de passageiros por dia, de acordo com a Autoridade de Transportes Metropolitanos.
