A polícia japonesa confirmou nesta quarta-feira que ao menos 91 pessoas morreram após descarrilamento do trem em Hyogo, no oeste do Japão, em um dos piores acidentes no sistema ferroviário japonês --considerado um dos mais seguros do mundo-- nas últimas quatro décadas. Aproximadamente 456 pessoas ficaram feridas.
Dez pessoas ainda estão presas nas ferragens, e não há informações sobre seu estado. Para que sejam encontradas, equipes de resgate utilizam aparelhos que detectam batimentos cardíacos com a ajuda de ondas eletromagnéticas.
Autoridades ainda investigam as causas do acidente, ocorrido nesta segunda-feira. Suspeita-se de que o condutor tenha ultrapassado o limite de velocidade na hora de fazer uma curva, viajando a 100 km/h. O máximo permitido é de 70 km/h.
Segundo a Japan Railway West, companhia responsável pelo veículo, o trem foi projetado para suportar velocidades de até 120 km/h.
Ao descarrilar, a composição com sete vagões e 580 passageiros, primeiro colidiu com um veículo e, em seguida, entrou em uma garagem, localizada no primeiro andar de um edifício. O muro de proteção do prédio também foi violentamente atingido por dois dos cinco vagões descarrilados.
Grande parte das vítimas morreu na hora, por causa do impacto da colisão com o muro.
Histórico
Um dos piores acidentes de trens ocorrido no Japão aconteceu em 1962, quando 160 pessoas foram mortas após a colisão de três trens ao norte de Tóquio. No ano seguinte, mais 161 pessoas morreram quando outras três composições --duas de passageiros e uma de carga-- colidiram em Tsurumi.
Em 1972, um incêndio no vagão usado como restaurante de um trem que trafegava pelo túnel de Hokurikyu, a nordeste do Japão, deixou 30 mortos. Após 19 anos, um novo acidente envolvendo a malha ferroviária japonesa aconteceu: em Shigaraki, a oeste do país, 42 pessoas morreram em um acidente de trem.
Em 2000, outras cinco pessoas morreram e 33 ficaram feridas depois que um trem do metrô japonês colidiu com uma composição parada, na capital