Um pirata virtual invadiu um banco de dados da Universidade da Califórnia (UCLA), em Los Angeles, obtendo acesso a informações de 800 mil pessoas, entre elas atuais e ex-alunos, além membros da faculdade. O ataque explorou uma falha no software que permitia a pessoas mal-intencionadas entrar no sistema do computador e obter números seguro social, explicou a UCLA.
A Universidade não tem suspeitos, apesar da investigação ter começado logo após a descoberta do ataque, em 21 de novembro. “Tudo leva a crer que foi uma operação bem orquestrada, que escondeu muito bem as pistas necessarias para a resolução do caso”, afirmou Jim Davis, vice-chanceler associado de informação tecnológica da universidade. Davis disse também que o pirata aparentemente vinha tentando se infiltrar no sistema há mais de um ano, mas levantou suspeitas apenas depois de os técnicos do sistema noticiarem um estranho padrão no tráfego de dados.
O sistema continha nomes, números da segurança social, datas de nascimento, endereços pessoais e contatos que poderiam ser usados por criminosos ligados ao roubo de identidade. Os dados eram restritos a apenas alguns empregados da UCLA, cujos trabalhos exigiam este acesso.
A Universidade informou que não foi notificada sobre o uso indevido dessas informações, mas notificou todas as 800 mil pessoas por precaução. Davis também afirmou que a instituição está revendo suas práticas de armazenamento de dados pessoais.
Especialistas em segurança de computadores disseram que o número de pessoas expostas ao pirata tornou o episódio um dos maiores ataques a uma universidade norte-americana. Em 2005, uma base de dados da Universidade da Califórnia do Sul, com 270 mil, nomes foi invadida. No inicio deste ano, um laptop contendo dados de 26 milhões de veteranos de guerra e membros em serviço foi roubado da casa de um funcionário.
