Adolfo Sánchez-Reyes, 43 anos, foi preso por agentes do ICE e será levado ao Centro de Detenção do Condado de Howard até que seja apresentado ao tribunal. Ele é pai de um estudante acusado de violar uma menina de 14 anos no banheiro da unidade de ensino em Maryland.
O crime se tornou parte do debate nacional sobre imigração nos últimos dias. Isso porque, Sánchez-Reyes foi detido depois que seu status migratório foi revisto e constatado que se tratava de um imigrante indocumentado que vive país há alguns anos.
O secretário de Imprensa da Casa Branca, Sean Spicer, em resposta a uma pergunta feita numa coletiva no último dia 21 de março, classificou o crime como "impactante, inquietante e horrível". Aliás, ele justificou medidas de Trump para o setor com o que chamou de "tragédia". "Creio que a razão pela qual o presidente fez da imigração e repressão tão importantes se deve a tragédias como esta", disse.
Matthew Bourke, porta-voz de da Imigração e Aduana, disse, em um comunicado, que um agente da Patrulha de Fronteira encontrou Sánchez no Texas em agosto. O guatemalteco recebeu a ordem para se apresentar diante de um juiz de imigração, mas não apareceu no dia da audiência.
Em função disso, Adolfo acabou preso na última sexta-feira, 24. Seu caso ganhou repercussão pelo fato de seu filho, Henry Sanchez, junto com outro adolescente de 17 anos, identificado como Jose Montano, ser o principal acusado de estuprar uma menina de 14 anos no Rockville High School, no último dia 16.
De acordo com documentos da corte, Montano nasceu em El Salvador, onde viveu até os 16 anos. Entretanto, oficiais do ICE não quiseram falar do status migratório dele.
Jack Smith, superintendente das Escolas Públicas do Condado de Montgomery, rebateu o foco da situação ao status migratório dos estudantes acusados. "Alguns tratam de converter isto em um problema de imigração", disse a jornalistas esta semana.
Na segunda-feira, 27, a Câmara de Maryland aprovou uma medida para impedir que as autoridades detenham os imigrantes e perguntem acerca de seu status migratório.
O governador de Maryland, Larry Hogan, um republicano, disse que o delito representa o "pior dos casos". Disse ainda que o projeto de lei impediria Maryland de cooperar com as autoridades de imigração e se comprometeu a vetar a lei, caso chegue a seu gabinete.
As audiências para Montano e Sánchez estão marcadas para os dias 31 de março e 14 de abril, respectivamente.
Com informações da CBS News e Miami Herald.
